Sobre conseguir emprego na Europa: Você tem experiência no mercado europeu? Pule cinco casas. Você é casada, sem filhos, e não tem experiência aqui? Volte três casas no jogo da vida. Agora, se você é casada, com filhos, veio acompanhar o marido, não tem família e não tem ajuda … volte ao início do tabuleiro. 

Querida migs expatriada, 

o que eu mais recebo de pergunta no instagram é sobre meu trabalho: como eu consegui, o que eu faço, como se sentir segura, por onde começar, onde eu deixo minhas filhas e etc. 

Eu não sou profissional de RH. Sou filha de uma super fodástica de RH e cresci ouvindo sobre carreira, cursos e análises comportamentais. Portanto “a fruta não iria cair longe do pé”. E minha avó já falava que marido não era emprego. 

Brasileira acha que é só chegar aqui, na Europa, e pá pum … vai conseguir o emprego para ser Dona do Rolê. Rá! Ei, deixa eu te contar: não, e ainda vai quebrar a cara com isso. 

Eu não vou anexar meu CV aqui, mas fiz faculdade, pós-graduação, três especializações, MBA, falo espanhol e inglês, e mesmo assim eu fiz apenassssss 32 entrevistas em Londres, UK. Falei nesse post aqui

A verdade é que você é um ZÉ NINGUÉM em outro país, infelizmente!

Não importa se você fez MBA na FGV (como eu fiz), estudou nas melhores faculdades e tem um cargo super alto. Aqui, o buraco é mais embaixo. O mercado é diferente. O que vale é a experiência. E não é experiência de ter trabalhado numa empresa gringa no Brasil, mas SIM morar e trabalhar aqui, na Europa. 

Hoje eu tenho experiência em EMEA, Benelux e UK&I, mas Migs já estou nesse jogo da vida há mais de quatro anos. 

Já falei nesse post aqui – algumas dicas de uma amiga querida sobre como conseguir emprego. 

“Setar” as expectativas. 

O mais importante é você “setar” as expectativas. Saiba, em primeiro lugar, NÃO vai ser fácil simplesmente porque tem muitos influenciadores fora do seu controle. Por exemplo, eu tenho experiência em MKT e Vendas no mercado de TI. Porém, quando mudei para Londres eu só buscava vaga de mkt, até que um headhunter me disse que em UK somente contratavam inglês nativo (British!) para isso. Quac, quac e quac. E eu passei longos seis meses buscando nessa área para algo que não iria dar certa. Presta atenção, Migs!!! 

Claro que se você veio transferida pela empresa é outra história. Nem precisa ler mais nada. 

As suas escolhas e dilemas dependem da sua experiência de vida. 

Eu passo na cara do meu marido dia sim e dia não que eu abri mão de tudo (carreira, família e amigos) para viver o sonho dele. E aí você deve ter pensado “Miga, sua loka! Tá rhycah na Europa e ainda reclama?”. A vida aqui é bem diferente. Eu não fico passeando de barco fumando maconha pelos canais de Amsterdam. Oi??? E tem mais, eu tive uma vida maravilhosa antes, deixa eu te contar … 

Quando mudei, eu já conhecia a Europa (algumas vezes), EUA (várias vezes desde os 11 anos), Canada (intercâmbio) e muitos outros países na época. O mais importante é que já tinha viajado o Brasil todinho com meus pais. Sempre acreditei que viajar é o melhor investimento, sair da zona de conforto e aprender que o diferente é bom também. Todas essas viagens abriram demais minha mente e forma de ver o mundo. 

Eu já tinha uma carreira e a discrepância salarial minha e dele era mínima no Brasil. Aqui é enormeeeee, algo como 4 vezes mais, porque eu tive que abrir mão de muitas coisas que eram importantes para mim e consequentemente aceitar isso. 

Eu já tinha conquistado muito. Tinha trabalhado no Vale do Silício – sim, sou de TI e lá é o máximo mesmo! Já tinha trabalhado em start ups e gerado excelentes resultados. 

Por quê estou contando tudo isso? Por quê sou achany e fodástica? NÃO! Porque, para quem mora no Brasil, morar na Europa é o máximo. Sim, realmente é o máximo, mas eu não descanso uma poha de um minuto. Nem azamigas daqui! Estou passeando plena pelas tulipas, mas com uma pilha de roupas me esperando em casa para lavar. A rede social não mostra a realidade. 

Migs, minha amiga Jami, me falou uma vez: 

O que eu (como toda expatriada) faço aqui, sozinha, a mesma coisa é feita a oito mãos no Brasil – ajuda dos avós, babá, empregada, marido, madrinha, vizinha, amiga, papagaio e periquito. 

Abri mão também do apto de coxinha-com varanda gourmet em Sampa-de classe “merdia” para ser mãe full time e fazer serviços domésticos. Caralho, estudei tanto para isso? Pois é, sim. C’est la vie! 

Como expatriada, muitas vezes vem um fogo na “bacurinha”/ no rabo e você quer mais. Quer um emprego! 

E aí começa o milagre – sei lá como você quer chamar. Na verdade, fecha o tabuleiro da vida, manda o jogo para a pqp, chora, limpa as lágrimas, passa make e volte ao início sabendo que será UÓ! 

Uma lutaaaaaa conseguir emprego. Quando finalmente consegue, agora tem que fazer malabares: limpar a casa, comprar comida, cozinhar, lavar e guardar a louça, lavar e guardar a roupa (não precisa passar), cuidar das filhas, lição de casa e dar atenção para marido também, né? Ir e voltar de transporte público/ bike na chuva ou neve. Descansar no final de semana? Não. Tem que catar os brinquedos do chão e pensar no cardápio da semana. Ah esqueci das unhas, eu mesma faço para economizar e comprar passagens. Massagens, dermato e nutri? Não temos. 

Mas já escutei: “Miga, pelo menos você ganha em euros!”. Sim, e gasto em euros também só para lembrar. O salário de uma mulher aqui é mais baixo, porque elas trabalham part time (meio periodo ou quatro vezes na semana – não é meu caso) e também that is the way it is. E não adianta as feministas falarem que não, porque infelizmente é. 

 E eu vivo um dilema constante …

ainda mais essa semana com uma TPM do caraleoooo. Eu simplesmente não posso dar um passo maior na minha carreira. Tem dias que fico OK e outros que questiono as minhas escolhas, afinal sou geminiana bipolar. 

Meu marido volta do trabalho às 21h/22h ou está em outro país. Como posso ter uma super carreira? Não é possível! A conta não fecha. Quem vai ficar com as meninas? Babá full time não é opção para mim. Por outro lado, quando Thiago está em casa, é (sem dúvidas!) o marido que mais faz tudo de todas azamigas em todos países que morei. Cozinha a comida da semana, mercado, festinhas, leva na escola, leva no médico, faz 122mil programas no fds e eu não preciso pedir nada, nadica. Obrigada Paixão, te amamos muito! 

Já recusei duas vagas para um salário muito melhor, simplesmente porque não posso (agora) começar do zero e “provar” minha capacidade.

Já recusei promoção. Meu chefe me pede para viajar e quase sempre eu falo que não posso porque Thiago está viajando. A minha “sorte” é que trabalho para a mesma empresa há anos e fui transferida de Londres para Rotterdam. Eles sabem da minha situação, mas o mais importante é que meus resultados são bons, no final isso que importa para a empresa.  

Eu trabalho três vezes por semana home office e busco minhas filhas às 15h30 na escola. Duas vezes por semana eu trabalho em Rotterdam. A Thais, minha salvadora da pátria, busca as meninas na escola e fica com elas até às 19h. Tento marcar meus calls todos no período da manhã, mas várias vezes não consigo e as meninas sempre aparecem no meio do video. Me pedem para tirar e colocar a roupa na Barbie/ LOL. E eu? Continuo falando da minha meta de GBP 3,6M do ano. Já chorei e me irritei mas não posso e nem quero pagar 10 euros por hora de babá todos os dias da semana.

Por outro lado, eu quero mais, sempre mais. Também tenho que agradecer por ter um emprego na minha área com bom salário. Migs, eu não sei viver na zona de conforto (que de rotina e conforto aqui é zero). Quero ser rhycah (e não tenho vergonha de falar isso!) para viajar o mundo e ajudar quem precisa.

Migs, esses são meus dilemas, desabafos e pensamentos. Ufa!!! Ficam mais intensos quando o sol não sai, praticamente 10 meses do ano. Tenho plena consciência  que é um pouco de white people problems junto com força guerreira, porque todo mundo tem saúde aqui então está tudo ótimo, né? 

Para você, do outro lado do mundo parece tudo tão simples, porque tem ajuda, tem o QI (quem indica) na empresa, o nome da sua faculdade é reconhecido … mas para nós, expatriadas, não. E assim, seguimos o baile … beijocas e fui! Porque agora tenho que fazer o jantar das kids, lavar a louca, dar banho, ler 122mil livros para cada, fazer lição com uma e colocá-las para dormir. 

A pergunta que eu mais recebo … como você consegue?

Querida amiga expatriada,

Eu não sei quantas vezes já me perguntaram: “Como você consegue?”. Seja no Brasil, na Holanda, quem me conhece e quem não me conhece.

A verdade é … eu só consigo por causa do meu marido. E ele só consegue por causa de mim. Nós conseguimos juntos!

Simples assim.

Ele é pai tanto quanto eu sou mãe.

Ele trabalha assim como eu trabalho.

Eu ganho muitoooooo menos do que ele, mas o meu trabalho NÃO é menos importante do que o dele.

Ele consegue trabalhar até às 22h, viajar a trabalho, cumprir metas e ser promovido … apenas porque eu faço o restante acontecer quando ele não está.

Eu consigo bater meta, viajar a trabalho para Londres e ser promovida … apenas porque ele faz o restante acontecer quando eu não estou (sem listinha, sem avós e sem ajuda).

Já ouvi também: “Ahhh mas quando você mudou de país, já sabia que o trabalho dele era muito importante e teria que viajar muito”. Sim, claro que eu sabia, e ele também sabia que eu abri mão da minha carreira, familia e país para viver o sonho dele (no começo, esse não era meu sonho!).

Nossa rotina.

Voltamos do Brasil no primeiro domingo de janeiro a noite.

Na segunda-feira, nós dois trabalhamos em casa para também dividir as tarefas domésticas e ficar com as meninas. Eu arrumei as malas e lavei todas as roupas. Ele fez compras e cozinhou para a semana. Nós dois ficamos com as meninas, entre um video call e outro. E segue o baile … não existe milagre ou receita pronta.

Na quinta-feira, eu estava em Rotterdam trabalhando. Ele me ligou e disse que iria levar a Vic ao médico, devido a eczema. Ele trabalhou em casa, foi buscá-la na escola, levou ao médio, pegou os cremes, passou nela e a deixou na escola. A noite, eu falei: “Paixão, obrigada por levá-la ao médico. Ele me disse: “Está louca? Não precisa me agradecer. Ela é minha filha”.

Ele está certo. É que vejo tantos pais por aí que fico chocada. Já falei que pai brasileiro acha que pagar babá e empregada significa ajudar. Exercer a paternidade não tem nada a ver com isso.

Thiago leva as meninas na escola segunda, terça, quarta e quinta. Na segunda e terça eu vou para a academia cedo, na quarta e quinta estou em Rotterdam trabalhando. Nossa, mas você vai malhar e ele arruma as meninas? Sim, claro, obvio e com certeza …  e pena que não posso malhar cedo na quarta e na quinta também.

Viagens

Quando viajo a trabalho ou cazamigas, sempreeeeeee alguém me pergunta: “E as meninas, onde estão? ” Ué, claro que ficam com o pai! Eu queria saber se alguém pergunta quando ele está viajando: “Nossa, com quem estão suas filhas?”.

Amanhã vou viajar a trabalho por três dias. E elas? Na segunda, vão para um playdate depois da escola (obrigada Dalia e Carol!), ele busca cada uma em uma casa e a noite – avisei em cima da hora e ele não conseguiu desmarcar a reuniao. Porém os demais dias vão ficar com o pai ué!

A única parte que eu fico freak é que ele não prende o cabelo das meninas bem preso, e piolho tem passaporte europeu #medooo.

Na semana que vem é a vez dele viajar, na outra semana também e assim por diante. Ele viaja todos os meses e eu fico igual barata tonta quando ele não está. Perdidinha e acabadinha da Silva.

Se eu posso viajar todos os meses? Não. No Brasil, eu viajava muito a trabalho e não quero mais essa vida. A empresa que eu trabalho mega respeita e entende isso.

“Mas é que você trabalha …”

Não, minha gente, já fiquei sem trabalhar fora alguns meses e ele também fez.

A verdade é que a gente se coloca numa situação que “só” porque não trabalhamos fora, podemos e devemos fazer 100%, tudo e mais um pouco em prol da familia.

Se você se sente bem com vida de Amélia, parabéns! Uma salva de palmas para você, porque realmente eu não sou evoluída assim.

Acima de tudo isso, para mim, tem a questão de valores. Acho muito importante as nossas filhas crescerem vendo que as tarefas são divididas e não que “menino tem que usar azul e menina usar rosa”.

Se eu consigo, qualquer um consegue. A gente dificulta demais as coisas, a vida e os encontros. Seja mais leve!

 

 

 

 

 

 

 

Dicas de livros para crianças em inglês. 

Querida amiga mãe,

esse post vale para expatriada, não expatriada, enfim mãe louca-desesperada-que-acha-que-o-filho-não-vai-ler! Oi Migs, é você, né? 😁

Eu sou filha única e mesmo se eu não fosse, minha mãe ía ficar desesperada igual. Lembro bem, muito bem, quando eu estava na alfabetização fui para a casa de uma super migs (Carol ainda é minha Migs até hoje!). Enfim, subi no muro e quebrei o cotovelo no meu primeiro dia de férias. Quac. Quac. Quac … minha mãe “mucho loca” ficou desesperada, não pelo braço mas porque eu não iria aprender a escrever. Mãe, eu consegui! Estou escrevendo. Leia. Uhuuuu!

Pois é, quem já viu esse filme?

Passaram 31 anos e cá estou vivendo isso, de novo. Valentina, minha filha mais velha, acabou de completar seis anos. Enfim, ela estudou em cinco escolas. Fala inglês, espanhol e português. Fiquei preocupada se iria ler/escrever porque foram muitas línguas e escolas até hoje. Adivinhem? Para que? Para nada. Acabou de começar o Year 1 e está lendo tudo. Mas se eu vim aqui para falar da  minha filha-maravilhosa-me achany … não, óbvio! Até porque cada um tem o seu tempo e habilidades.

Sobre a importância da leitura. 

Na escola das meninas, eles mandam cinco livros para casa toda semana, e mais dois para ler diariamente. Ufa! Juro que tem dias que eu penso: essa professora acha que eu não tenho o que fazer?

Lembro da minha infância. Minha mãe é apaixonada por livros. Eu aprendi com ela. Meu sonho, quando pequena, era ter uma biblioteca igual ao filme da Bela e a Fera. Princesa Feelings que nada, queria ser Dona-da-Poha-toda!

Cada livro é uma viagem pelo personagem, história e lição de vida. Não vejo filme depois que já li o livro, porque já “imaginei” o personagem na minha mente e não quero me decepcionar. Sou daquelas que fica super triste quando um livro termina. Aquele sentimento de saudade, sabe? E minha filhas estão no mesmo rolê. Também leio para a Vic todos os dias, mas ela só quer que eu leia a Peppa, Peppa de ponta-cabeça, Peppa de cima para baixo e mais Peppa. A escola também manda livros para ela.

Não importa o país que você more, seguem algumas dicas de livros para essa faixa etária.  Livro é um ótimo presente!!!

✔️Pinkalicious – é sobre uma menina que só usa roupa pink e tem tudo pink. Prendeu muito a atenção da minha filha. Começei a ler com ela e hoje já lê sozinha. Compre aqui! 

  • Pinkalicious
  • Pinkalicious Oxford Reading: essa caixinha eu levo em viagens.

✔️ Fancy Nancy – uma menina francesa “se achany”. Ela explica sobre palavras similares, de uma forma bem lúdica. Compre aqui!

✔️Love Monster – fala sobre bullying e medos de um monstrinho bem bacana.  Compre aqui!

✔️Oxford Reading Tree – comprem, comprem e comprem!!! São livros de cinco páginas e poucas frases com muitas figuras.

Compre aqui!

✔️Biff, Chip & Kipper – são os mesmos personagens em várias histórias. Muitas figuras, poucas páginas e frases curtas. Compre aqui!

Eu e meu marido lemos em português para ela. Mega-ultra-power indico o livro:

✔️Não me toque seu babaca! Um livro sobre a importância de contar tudo aos pais e como se posicionar se alguém tocá-la(o).

Semana passada foi Book Week na escola. Cada criança tinha que se vestir do personagem favorito do livro. Valentina foi de Pinkalicious e Vic foi de Rapunzel.

*Os links são da Amazon da Alemanha, a única que entrega aqui, na Holanda.

Migs, tenho outras dicas de livros em português e inglês, mas esses acima tem um propósito – aprender a ler – se você tiver mais dicas, me passem. Obrigada. 😙🎓👓🎒

Escola das meninas em Santiago, Londres, Madri e Amsterdam.

Querida amiga expatriada,

recebo muitas perguntas sobre as escolas das minhas filhas pelo mundo afora. Vamos lá!

Em primeiro lugar, elas nunca frequentaram nenhuma escola no Brasil. A Valentina nasceu no Brasil, e eu voltei da licença maternidade quando ela tinha cinco meses e em seguida optamos por #partiumundo.

Em segundo lugar, eu não vou colocar o preço das escolas nesse post. É necessário fabricar dinheiro para pagar ou La Casa de Papel Feelings. 🙂 #ficaadica

Toda as vezes que meu marido fala que vamos mudar de país, eu penso logo nas escolas. Por onde começo? Qual escolher? Será que tem vaga? Será que podemos pagar? Será que é melhor pública ou privada? 122mil dúvidas de todas as mães expatriadas pelo mundo afora.

Eu SEMPRE pergunto para meu ciclo de amizades se tem alguém para me indicar no país novo. De preferência, mães. Migs, elas sabem BEM indicar escolas. Aí começa a saga … liga e manda email para todas as escola, preencher milhares de formulários para aplicação e rezar, orar, implorar, pedir para São Longuinho, acender vela, tomar banho de sal grosso … enfim, tudo vale até conseguir uma vaga. Entendedoras entenderão!

Santiago, Chile.

Quando chegamos no Chile, a Valentina tinha 8 meses de idade. Moramos dois longos meses em um flat bem pequeno até encontrar uma casa. Mudamos para o bairro de Las Condes. Ficava 10minutos do trabalho de Thiago. Eu passei apenassssss SEIS MESES procurando emprego. Nesse período, já que não estava trabalhando, optamos por deixá-la em casa até completar 01 ano de idade. Ela frequentava a escola somente no período da tarde.

Valentina estudava no Jardim Infantil y Sala Cuna El Manzano, em Las Condes das 13h as 17h, de segunda a sexta. Super mega ultra recomendo!

Eu AMAVA a escola, e ela também. Pegou vários vírus e doenças. Aprendeu espanhol. Resultado do balanço: EXCELENTE!

Quando mudamos para Londres, morri de chorar na despedida da escola. As crianças pintaram as mãozinhas e passaram em um cartaz lindo, de presente.  As professoras choraram também. Ahhh esse jeito latino que somente nós entendemos, sabe?

Londres, Inglaterra.

Em Londres, nós morávamos em Ealing – west London. Na Inglaterra é padrão estudar em uma escola do seu bairro. Primeiro porque Londres é GIGANTE, ou seja, impossível se locomover entre bairros para deixar filhos na escola e trabalhar. Depois porque just the way it is … quando seu filho completa 4 anos inicia no Reception em uma escola pública de acordo com a “catchment area”. Não é você quem escolhe a escola, mas as escola te escolhe. Migs, pode esquecer indicação ou todo dinheiro que você tenha, esse é o sistema.

A Valentina entrou na Buttons Nursery assim que chegamos em Londres. Ela tinha 1 ano e meio. Saiu da escola com 4 anos para fazer o Reception. A Victoria nasceu em Londres. Voltei a trabalhar assim que ela completou seis meses de idade, e ela também foi para a mesma nursery.

Migs, minha vida tinha muito perrengue, mas nesse sentido não. A escola ficava DUAS quadras de casa. Thiago levava as meninas, porque eu entrava no trabalho as 7h30 da matina – diz a lenda que quem cedo madruga vai ficar rhycah. Eu buscava as meninas as 17h. Era MUITO prático. Claro que chovia, ventava e nevava … mas tem coisa melhor nessa vida do que ter segurança? Eu não estava trancada em um carro blindado, no trânsito em São Paulo apenas esperando ser assaltada. Infelizmente, essa é a vida como ela é no Brasil.

Eu mega ultra super indico essa nursery. Elas amavam. Eu amava! Serei eternamente grata pelas lindas e especiais professoras/es que elas tiveram.

A única coisa é que precisa fabricar dinheiro – La Casa de Papel Feelings – porque as escolas são caríssimas!!! Só ralando muitoooo para pagar. Por isso, muitas mães não trabalham na Europa porque a escola é caríssima. Outra opção é escolher quantas vezes por semana e o período do seu filho na escola, de acordo com seu bolso.

Quando a Valentina completou 3 anos iniciamos o processo para aplicar para a escola pública. Funciona mais ou menos assim – você seleciona até cinco escolas do seu bairro, em dezembro faz o processo para aplicar, em abril será selecionado de acordo com sua “catchment area” e em setembro as aulas começam. Nós queríamos muito a escola Oaklands Primary School e conseguimos. Iupi!!!

Migs, todas as vezes que eu lembro da escola, tenho vontade de chorar … mas de alegria mesmo. Minha mãe ralou muito para pagar pelos meus estudos. Estudar em uma escola pública, no Brasil, infelizmente não é o melhor que podemos dar para nossos filhos, mas na Inglaterra …SIM! A escola era incrivelmente incrível e de graça, na verdade com o dinheiro dos nossos impostos.

Ambas as escolas ficavam na mesma rua, então era muito prático. A Vic ía no carrinho e a Valentina na pranchinha atrás do carrinho em pé e … voilá!

Valentina ficou apenas seis meses nessa escola e mudamos para Madri, na Espanha.

Madri, Espanha.

Migs, minha passagem por Madri foi breve mas intensa. Ficamos apenas seis meses. Como as minhas filhas estudaram praticamente a vida toda em Londres (1 ano e meio e 4 anos uau!!!), em boas escolas nós conseguimos vagas em ótimas escolas em Madri.

Morávamos em La Moraleja, perto das escolas. Deixa eu te contar, querida amiga-mãe-expatriada se a escola for na zona rural em qualquer país, sempre more perto da escola, ok? Isso mesmo. Não adianta. É muito mais prático, você trabalhando fora ou trabalhando em casa. O seu tempo será otimizado para usá-lo para trabalhar, serviços domésticos e passando menos frio na rua para pegar as kids.

A Valentina estudou na Runnymede College. É uma escola super mega ultra tradicional e conceituada na Espanha. Tem o currículo 100% britânico.

Migs, para escolher uma escola, primeiro tem que entender o perfil da sua família e depois buscar. A Runnymede é classe AAA e bota mais AAA nisso … não é o meu perfil. Por outro lado, o ensino é nota 122mil! Seu filho TEM que falar espanhol porque tem muito mais espanhóis do que expatriados. E se você quer uma vaga nessa escola, pode engravidar e já cadastrar o filho, rezar, distribuir santinho, conhecer a nata da sociedade madrileña, tomara que seu marido tenha um cargo altíssimo e mesmo assim não vai conseguir. É fodástico mesmo!

A Victoria estudou na Little Acorns. Quando eu lembro, morro de amores e saudades! Ela foi MUITO feliz nessa escola e no Summer Camp também mandei a Valentina. É uma escola britânica.

Eu indicaria algumas escolas, como:

Tenho uma amiga que tem uma empresa de relocation em Madrid – Relok Services. Ela pode ajudar na escolha das escolas. O nome da empresa é . O nome dela é Fabiana Halfen. Migs, entre em contato no fone +34 600 973 639.

” Em Madrid, você vai encontrar uma grande variedade de escolas para os seus filhos, incluindo escolas públicas, concertadas (do governo mas os pais pagam taxas) e privadas.
As escolas privadas tem várias opções, como: internacional, bilíngue, britânica e americana. As escolas estão localizadas tanto no centro da cidade quanto em La Moraleja, Pozuelo de Aracón e outras cidades. Também existe o serviço de ônibus da escola, caso necessário.
A maioria das escolas funcionam em horário integral na Espanha, e as internacionais das 9:15 a 16:30″.

Amsterdam, Holanda.

Quando mudamos para a Holanda, ficamos muito na dúvida na escolha da escola das meninas. Queríamos muito que ambas estudassem na mesma escola, como em Londres, pois facilita demais a vida. Não era uma escolha uma escola em dutch, pois não sei quanto tempo vamos ficar aqui e seria a QUARTA língua para as meninas em tão pouco tempo.

As meninas tem perfis muito diferentes. A Valentina é uma princesa, desde que nasceu nunca me deu trabalho, doce, super lady e sensível. A Victoria é a princesa que vai fugir do castelo com o cavalo do principe, carinhosa, Drama Queen e intensa. Nesse caso, a Valentina em uma escola britânica se tornou muito mais tímida, super “certinha”/ mega British way of life. A Vic PRECISA de uma escola assim. Decidimos, em conjunto, pela escola internacional com o currículo International Baccalaureate – saiba mais aqui!

Na Holanda, tem algumas escolas internacionais. Seguem algumas opções, mas saiba que a mensalidade varia muito de 600 a 2500 euros por mês, para cada filha(o).

O sistema de ensino da Holanda é bem diferente do resto do mundo, por sinal, é excelente! Saiba mais aqui, nesse post da Ana de Amsterdam.

Migs, eu não tenho a fórmula secreta para escolher uma boa escola, mas se você está de mudança para algum país que eu já morei, me manda mensagem (quer virar minha Migs? :)) que eu te ajudo.

 

Disneyland Paris

Querida amiga-mãe-expatriada,

a primeira vez que fui para a Disney, em Orlando, eu tinha 11 anos e minha mãe me mandou em uma excursão somente para crianças (sim, sem os pais!) por 15 dias. Em 1992 isso era um super mega-ultra-power-avanço. Foi incrível, um sonho realizado, em todos os sentidos! Obrigada, Maiê.

Quando morávamos em Londres, meu marido levou a Valentina para comemorar o aniversário de 4 anos. Eu fiquei em Londres com a Vic, na época ela tinha 1 ano, e para mim não fazia (e não faz!) o menor sentido levar um bebê. Eles pegaram um trem de 2h30 e passaram o final de semana. Ela amou! ❤️

Sabe aquela paixão pela Disney? Então, eu não tenho. Também não entendo como os brasileiros levam os filhos todos os anos. É uma viagem caríssima! Por favor, me avisa de onde está sobrando tanto dinheiro porque eu quero também. A pessoa parcela em 122mil vezes e vai. Sempre questiono: é um sonho ou só para dizer que o filho já foi 8 vezes para a Disney? 🤦🏽‍♀️🤷🏽‍♀️

Enfim, como já tínhamos levado uma filha, em algum momento da vida teria que levar a mais nova. Sou filha única, mas sempre faço e dou tudo igual para as duas. Principalmente porque a Vic, nossa filha mais nova, é a encarnação da Maria Bonita e sempre quer justiça.

Lá fomos nós passar o final de semana na Disneyland Paris!

Como ir

Fomos de carro. De Amsterdam para a Disneyland Paris são 5horas. Ano que vem, em abril, vão inaugurar um trem direto – 3h30. Meu marido foi de Londres em um trem direto – 2h30.

Na ida, paramos na França para dar uma descansada por alguns minutos. Na volta, saímos depois da parada. Elas dormiram no carro, e chegando em Amsterdam foram direto para a cama (pois é, sem banho!).

Hospedagem

Nós não ficamos dentro do complexo da Disney, porque eu quero ficar rhycah!!! Pagando o que eles cobram, jamais vou ficar. Ficamos hospedados no Mercure e gostei muito! Já estou com saudades dos queijos franceses no café da manhã. Ai ai ai …

Hotel Mercure Marne-la-Vallee Bussy St Georgesclique aqui para mais informações.

Meu marido já ficou com a Valentina no Vienna. Todos os dias íam para a piscina de bolinhas, nadavam e muitas outras atividades para crianças. O quarto para a família parece um circo. Desta vez, estava bem mais caro.

Vienna House Magic Circusclique aqui para mais informações.

Esses hotéis ficam duas paradas de trem da Disney. O trem fica a poucos passos da entrada, muito mais fácil e mais barato do que ir de carro. O estacionamento custa €25 por dia.

Rombo financeiro

Custou €78 por pessoa a entrada para o parque. Pagamos €312 SÓ para entrar, por dia, e sorrir! Fomos somente dois dias, porque custa muito caro e temos outras prioridades de vida.

Chegando lá … alugamos dois carrinhos e compramos dois livros de autógrafo com duas canetas. Adivinha? €100!!!

Minha mãe mandou €100 para elas comprarem algum presente. Compraram várias princesas, e uma Moana que canta. Eu já não aguento mais trabalhar ouvindo essa música, mas o que eu queria mesmo era ter os cabelos da Moana!

Pensamos em almoçar com as princesas, mas custava €80 por pessoa. Ou seja, €360 a nossa família. Claro que não fomos!

Migs, se prepara para vender algum órgão do corpo para pagar a conta toda.

Melhor época para visitar

O parque não estava lotado pois era final de férias escolares, na Europa. Algumas escolas (internacionais) já tinham voltado às aulas. A temperatura variava entre 17 a 22 graus. Para mim, foi perfeito.

Disneyland Paris

Migs, que empenho! Ficamos das 10h às 22h no sábado. Os fogos começavam às 23h mas as meninas estavam acabadas. No domingo, ficamos das 10h às 18h30.

Fomos somente em um parque, porque queríamos curtir mais todos os brinquedos: Toy Story, Dumbo, Small World, Pinochio, Alice, Carrossel, Show dos personagens, Show das princesas, Peter Pan, Branca de Neve e outros. Tiramos fotos com a Bela, Peter Pan, Wendy, Capitão Gancho, Mickey e Minnie.

Eu sou a mãe louca que grita na parada: Elsa, cadê você? Olha para as minhas filhas, pelo amor!!!

Elas não param para nada, mas para ficar 1hora na fila para ver a Bela ficam super bem comportadas. Pegamos filas de 40minutos para os brinquedos.

Disneyland Paris X Disneyland Orlando

Recebi várias perguntas sobre a diferença entre as duas. Óbvio que a Disney de Orlando é gigantesca, a maior de todas, e com vários parques. Porém, a Disney de Paris é maravilhosa também!

Temos duas crianças, de 3 e 6 anos, moro relativamente “perto” (só atravessar a Bélgica), tem tudo o que elas queriam e mais um pouco no parque … para que ir até Orlando, gastar trilhões e pegar filas gigantescas? Não, obrigada. De nada.

Agora, se você (como adulto) quer curtir 15 dias de parques, fazer compras de novo rhycoh em Miami … é diferente. Tudo uma questão de prioridades!

Azamigas pelo mundo ❤️

Ahhh que sorte a minha ter amigas pelo mundo. No mesmo final de semana, consegui encontrar a Fernanda de Madrid, Sarinha e Luiz da Bélgica, Dayana de Paris e a Débora, minha BFF do Brasil. Minha prima, Tamyris, de Recife, também foi conosco.

Se eu pudesse dar um conselho nessa vida: cultive suas amizades, mesmo morando do outro lado do mundo.

Thiago, eu, Hermana, Dayana, Zenaide, Vic, Betina e Valentina em um dia super especial.

Eu, Hermana e as crianças loucas atras das pelúcias.

Eu, Fe (minha amiga de Madrid) e nossas famílias.

Sarinha e Luiz, nosso amigos queridos da Bélgica.

Tata, minha prima amada de Recife.