Expatriada: Você não trabalha? Que vida de dondoca, só gasta o dinheiro do marido … quem dera fosse assim!

Amiga-mãe-expatriada,

Tem uma palavra, muito feia, chamada culpa, que todo mundo carrega aqui, do outro lado do oceano.

Eu tenho certeza que no Brasil, você tinha sua casa, família, amigos e um emprego. Não importa se era muito ou poco seu salário, mas era seu e você batalhou muito por ele! Até que um belo dia chega e … você não recebe mais salário.

Fica aquela falta. Sabe a falta que a falta faz? Ela causa um nó na garganta bem difícil de engolir. Você se sente inútil. Vem aquele sentimento de culpa. E esse é o assunto dazamigas de todos os países que eu morei.

Não adianta falar que na sua casa é diferente, porque não é. Todas as expatriadas carregam ou já carregaram essa culpa (poucas bem resolvidas com isso!).

Eu já ouvi: “Você não trabalha. Não faz nada. Só gasta todo dinheiro do seu marido!” Calma … migs, não foi dele – óbvio! Mas no fundo esse é o pensamento da maioria das pessoas quando pensa em uma vida expatriada, adiciona aí suas fotos lindas e dhyvas em vários países, nas redes sociais. Combo perfeito para dar o que falar.

Atualmente, eu trabalho (já falei aqui!) mas já fiquei bons meses sem trabalhar nos países que morei (buscando emprego).

No dia que bater aquela deprê, me liga ou leia isso:

Emprego do marido/namorado/ whatever. Eles não teriam o emprego que tem senão fosse você. Isso mesmo! Poucas mulheres largam toda uma vida (família e carreira), para começar do zero em outro país. É ter muito peito, sim!

Doenças. Eu sempre falo: “Novo país. Novos vírus”. Aqui faz muito, mas muito frio longos meses do ano, as crianças pegam muita gripe e virose. Fora as casas, apartamentos e ambientes antigos do Velho Mundo, cheio de ácaros. As crianças brincam muito ao ar livre, não importa se a temperatura está negativa ou chovendo. Quem cuida? Você!

Mudança. Escolheu a casa nova. Novo país. Iupi! Quem faz a mudança? Você!

Serviços domésticos. Meu marido super me ajuda mas eu duvido que seu marido faça todos serviços domésticos. Quem faz? Você!

Escola. Meu marido deixa as meninas dois dias da semana na escola, e eu levo e busco os demais. Em Londres, ele deixava e eu buscava todos os dias. Quem faz na sua casa? Você!

Comida. Tem homem que adora cozinhar, mas quem faz a comida do dia a dia na sua casa? Você!

Mercado. Eu não piso no mercado, meu marido quem faz as compras. Mas, migs, demorou cinco anos para esse acordo. Quem faz qs compras na sua casa? Você!

Criança acorda de madrugada. Quem vai lá porque o marido precisa dormir para trabalhar no dia seguinte? Você!

Férias. Aqui, na Europa, tem muitos “breaks” durante o ano  e dois longos meses de férias de verão. É para deixar qualquer mae louca. Quem fica as férias todas com as crianças? Você!

Malas para viajar. Finalmente uma viagem, isso quer dizer, uma semana sem lavar roupa e louça. Uhuuu! Quem faz as malas das crianças e até do marido? Você. Ah, desfazer as malas também, claro!

Playdate. Quem leva e busca nos playdates? Quem marca playdate em casa? Você!

Burocracias. Quem faz todas as coisinhas chatas no novo país? Marido está ocupado no trabalho. Você!

Festinha de amiguinho. Quem compra presente, leva e fica na festinha? Você!

Roupa das crianças. Quem presta atenção que está suja ou precisa de roupa nova? Você!

Vacinas. Uma curiosidade: nós temos quatro cadernetas de vacinação, de diferentes países em diferentes línguas. Na sua casa, quem cuida disso e leva para vacinar? Você!

Família vem visitar. Quem tem que entupir a geladeira, arrumar casa, quarto e banheiro? Você!

City Tour. Quem tem que mostrar a cidade toda para a família do marido, enquanto ele trabalha? Você, até eles aprenderem a se virar.

Babá. O marido quer ser romântico e te chama para sair. Quem tem que arranjar babá? Você!

Aí você escuta … “Nossa, que vida maravilhosa na Europa, você não faz nada!”. É de chorar, e chorar muito! Ninguém enxerga – muitas vezes nem o marido valoriza – o super trabalho de uma expatriada.

De vez em nunca, você tem uma folga e resolve passear. Tem vontade de comprar aquele casaco lindo, que vai usar 10 meses no ano … mas aí vem a danada da culpa com tudo! “Eu não trabalho. Como assim vou gastar o dinheiro do meu marido?”.

Amiga-mãe-expatriada, você tem vontade de fazer massagem, cortar o cabelo, fazer a unha, sair dessa vida de Gata Borralheira e pensa … “Eu não trabalho. Como assim vou gastar o dinheiro do meu marido?”

Migs, o dinheiro do seu marido não é dele, é de vocês. Não importa se você não trabalha. Com certeza, foi uma decisão em conjunto sair do país e começar uma nova vida em família. Ele pode trabalhar focado e viajar 122mil países durante a semana, simplesmente porque você cuida da pohhhha toda, certo? Isso mesmo. Simples assim.

Se você está começando uma nova vida, em um novo país, minha recomendação é conversar com seu marido – como será nossa situação financeira? Tenho amigas que preferem uma “mesada” do marido, outras sentem vergonha e gastam o dinheiro que ficou na conta do Brasil, outras gastam metade no cartão e metade em dinheiro (para o marido não perceber), outras só gastam em dinheiro, outras prestam contas de todas as compras e as poucas (caríssimas!), que são muito bem resolvidas, ligam o f….!

Essa situação é “provisória definitiva”. Você não sabe quando vai arrumar emprego e nem quanto tempo vai morar naquele país. Também nao pode planejar seus sonhos, porque nao sabe onde estará daqui a um mês ou no próximo ano. Vive a vida de partner – nome do visto dado em função do marido.

Uma dia, minha filha mais velha, de 5anos, ficou presa dentro do vagão do metro, em Amsterdam. A porta fechou e o metro andou. Eu estava ao lado de fora com minha filha mais nova. Sabe desespero da vida? Sei lá se ela iria descer no próximo ponto. Pior ainda, não fala dutch. Enfim, contei sobre isso e escutei: “Pelo menos foi em um metro na Holanda, não no Brasil”. Outra vez, a mesma filha teve uma convulsão em Londres, eu tinha acabado de chegar e não sabia o número da emergência (dica: primeira coisa a saber no país!). O que eu escutei? “Pelo menos foi em Londres”. Migs, óbvio que temos problemas diferentes na Holanda, em Dubai, na Austrália, na PQP. Eles são problemas diferentes do Brasil … mas eles não deixam de ser problemas.

Algumas amigas comentam que se sentem “emburecendo” por não trabalhar. Não estão! Migs, é muito aprendizado para a vida toda.

Portanto, para você, aí do outro lado do oceano, que julga uma expatriada e nunca viveu nada disso … por favor, pague nossas contas (já que não podemos gastar o dinheiro do marido), lave nossas roupas e louças, cozinhe para nós todos os dias, cuide dos nossos filhos, procure a melhor escola e faça a integração dos nossos filhos, faça novas amigas para você, faça novos amigos para seu filho, tente explicar 122mil vezes para os nossos filhos o motivo de não morarmos no Brasil,  more em um flat por meses com duas crianças pequenas, limpe nosso quintal, procure um emprego novo (tenho amigas que estão buscando há nove meses/um ano), leve nossos filhos ao médico ou ao hospital de madrugada quando o marido viaja, aprenda uma, duas, três novas línguas, estude sobre a cultura de cada país. Quando você cansar … comece tudo isso do zero, novamente, em um novo país. Fiz isso em Santiago, Londres, Madrid e Amsterdam nos últimos cinco anos. O seu sonho é muito diferente da nossa realidade.

Os melhores cabeleireiros brasileiros da Europa!

Querida amiga-mãe-expatriada,

Quando o marido fala: “Precisamos conversar”. Eu já sento …  lá vem mudança! A primeira coisa em mente é a escola das meninas. A segunda é cabeleireiro, claro!

Cabelo, cabelerera, cabeluda e descabelada.

Sempre procurei um cabeleireiro brasileiro em cada país, porque é difícil explicar: não quero loira do Tchan, gosto de loira Hebe, quero o cabelo da Mariana Ximenez, quero um cabelo “que tiro foi esse” e por aí vai…

Se você está a passeio pela cidade, também vale a pena dar um pulo lá, e voltar dhyvah para o Brasil! Eu super mega ultra indico esses dois profissionais. Eles são amigos também – mundo pequeno!

Londres

Bernardo Hair&Co

O Be é um querido, conversamos e rimos por horas e mais horas. Adoro a mãe dele. Ele é famoso em Londres, Dubai, NY e vai ficar ainda mais rhycoh porque é  visionário, competente e humilde. Ele faz loira como nenhum cabelereiro no mundo e morena iluminada.

Fone: +44 7808 23 4565

Podem babar no insta dele, sigam aqui!

Amsterdam

Gleiton Pedro Studio

O Gleiton é um querido, e todo mundo que trabalha no salão também. A esposa dele é uma fofa. Ele é muito, mas muito bom em coloração. Ele vai fazer te deixar com cara de rhycah!

A água da Holanda acaba o cabelo. Tem muito calcário. Resultado: escureci o cabelo com ele e amei o resultado!

Fone: +31 629 466 125

Cada cabelo lindo no insta. Sigam aqui! 

Amiga-mãe-expatriada, mais uma dica mega power para dhyvar no zero glamour da vida expatriada!

Parto no Brasil X Parto na Inglaterra 

Querida amiga-mãe-expatriada,

eu poderia só escrever … parto cesárea x parto normal? Fim.

Parto no Brasil

Casamos em Trancoso, Bahia, no dia 13 de novembro de 2011. Fomos para a região de Champagne, na França, para a lua de mel e … voltei grávida! Parei de tomar a pílula uma semana antes de casar, porque cai no conto … “você toma há anos pílula”, “vai demorar um ano para engravidar”(essa é ótima!) e por aí vai. Bom, nem acreditávamos! Foi realmente emocionante engravidar tão rápido e em um momento super especial das nossas vidas.

Meu médico particular no Brasil, em São Paulo, é o Dr. Paulo Colabone – super mega ultra indico! – segue o fone dele: +55 11 3845.0402. É o pai de três super amigas, e eu cresci na casa delas, e elas na minha. No ultra de 10 semanas, ele já nos disse que seria menina. Uau! Ele é fodástico mesmo. Também tive um descolamento de placenta com 4meses, devido ao salto alto (larga o salto, migs) e se não fosse ele, sei lá como teria sido minha gravidez.

Fiz o pré-Natal todo com ele. Fazia os ultras no próprio consultório e os exames no Fleury. Foram incontáveis ultras e exames. Sério, migs! Para quem nunca viveu a maternidade em outro país, não faz ideia da quantidade de exames que são feitos no Brasil.

No final da gravidez, tivemos aquela conversa sobre o parto. Primeiro: eu MORRO de medo de hospital e cirurgia – já tinha tirado a vesícula por causa de um tumorzinho básico. Segundo: eu estava dentro da “bolha”- sim, classe média no Brasil vive na bolha! Terceiro: zero conhecimento de parto normal. Naquela época, de todas as minhas amigas, só duas tiveram parto normal, a Shi do blog Macetes de Mãe e a Teca. Quarto: a Valentina era um bebê grande, de tamanho e peso. Quinto: meu médico não me induziu, eu fiz cesárea porque eu quis!

Trabalhei a gravidez toda. Parei de trabalhar no dia 03 de agosto e fui na cartomante. Isso mesmo, migs! Depois, nunca mais voltei porque a cartomante disse que via muita mudança na minha vida. Isso é óbvio!

Engordei 12kg na gravidez toda. Não fiz dieta e comi de tudo. Ía e voltava a pé para o trabalho, esse era meu exercício.

Agendei a cesárea dia 04 de agosto às 12h, no Einstein, claro! Eu me achava rhycah no Brasil – ou melhor, fazia parte da “bolha” e tinha que ser nesse hospital luxo. Na noite anterior, tive contrações, cheguei ao hospital com contrações leves e dilatação de 1cm … fomos para a cesárea. Estava maquiada e com escova no cabelo, levei 122mil lembrancinhas, convidei 198mil pessoas para assistir o show. Sim, isso é um show! No Einstein, tem uma janela de vidro dentro da sala de parto, onde o Thiago levou a Valentina para os amigos/familiares verem, assim que ela nasceu. O mesmo fotógrafo do nosso casamento registrou esse momento lindo. Foi inesquecível estar rodeada dos nossos familiares e amigos mais especias, acima de tudo com todo suporte de um médico e hospital renomados.

Foi maravilhoso! Chorei muito. Meu marido mais ainda. Valentina  nasceu com 3,8kg e 51cm no dia, que eu completei 39 semanas, 04/08/2012. ❤

Avós babando na primeira neta.

Eu e ele. Sempre, minha melhor companhia para tudo.

Amor, muito amor.

Fiquei cinco dias dhyvando no Einstein. Recebemos 41 visitas, juro! Flores. Champagne. Quadro na porta. Presentes. Pijama caro. Tinha serviço de escova, maquiagem e até massagem. Não fiz nada disso, se eu pudesse ía para lá agora. Teletransporte já!

O parto foi com médico e equipe particular. Nosso plano, na época, cobriu 1/3 do custo total. Adiciona também nesse custo, uma viagem para Miami SÓ para fazer enxoval – rhycah feelings.

Eu tinha mãe, sogro, sogra e cunhada em São Paulo. Minha Tia Jane, veio de Recife, para me ajudar durante um mês. Tia Nara e Tia Vilma também vieram do RJ. Tinha mensalista. Tinha marido trabalhando no Itaim e morava rhycah nos Jardins. Tinha saúde. Tinha zero dor da cesárea, minha recuperação foi ótima! Tinha uma Princesa Valentina, quietinha e boazinha que me dava zero trabalho.

Parto na Inglaterra

Eu queria ter outra menina, muito! Não queria muita diferença de idade. Moravamos em Londres, nessa época. Engravidei da Vic em novembro de 2014. O due date era o mesmo da Valentina. Muita coincidência!

Choque de realidade.

Hospital público. Fiz o Pré-Natal no Queen Charlotte Hospital, em West London. Migs, é um hospital público – óbvio – com um atendimento excelente. Você não tem um médico só para você. Tem enfermeira, midwife e o plantonista do momento. Fiz três ultras a gravidez toda, juro! A midwife media o crescimento com fita métrica. E só fiz a última ultra com 38 semanas, porque a Vic era enorme. Exames? Só urina e sangue, uns três no total.

Trabalhei até oito meses de gravidez. Minha vida era muito diferente da primeira gravidez. Pegava dois ônibus e seis metros por dia, cuidava da Valentina e fazia todos os serviços domésticos. Lipa ía 3h na semana para me ajudar. Meu marido viajava muito a trabalho. Não fiz nenhum curso de gestante. Não fiz fisioterapia para parto normal. Nenhum tipo de preparação. Nadica!

Engordei 10kg a gravidez toda. Não fiz dieta, quem me conhece, sabe que eu amo comer. Um dos maiores prazeres da minha vida é comer pelo mundo afora.

Grávida de quase seis meses, fui fazer a ultra para descobrir o sexo do bebê. Fomos eu e Thiago. Eu não acredito ate hoje como eu consegui esperar tanto tempo – sou super ansiosa. Quando a médica falou “It is a girl”! Meu Deus, eu gritava e chorava de alegria. Queria muito, muito e muito outra menina. Migs, para esclarecer, se eu pudesse ter mais outro filho, iria querer menina, ok? Não adianta fazer piadinha que falta um flamenguista. Obrigada. De nada.

Em todo o meu pré-Natal, nas consultas, sempre me orientaram sobre VBAC – vaginal birth after c-section (parto vaginal depois da cesárea). Tinha até curso para fazer. E, sim, sempre me induziram (veja bem, não me forçaram) parto normal devido a minha boa saúde. Lá pela semana 38, comecei a ir todos os dias. Até que a midwife me disse que devido ao tamanho da Vic, não passaria da semana 40, depois de já ter feito uma cesárea.

Marcaram para induzir dia 04 de agosto. Migs, no mesmo dia do aniversário da Valentina. Eu não queria! Porque hoje as duas moram juntas, mas e no futuro? Uma na China e outra na Índia? Aí teria que fazer a “escolha de Sophia”? Estou fora! Pedi para mudar. Ele, educadamente, me disse: “Querida, isso é um hospital púplico, em Londres, você não pode escolher a data”. Falei que tinha um sobrinho, no Brasil, do mesmo dia também. Ele saiu e voltou com o dia 11 de agosto. Ufa! Ufa nada … porque fiz dois membrane sweep – nunca ouvi falar disso no Brasil – mas a médica enfia dois dedos (mas parece que ela enfiou o corpo todo dela) para acelerar o trabalho de parto. Einstein, cadê você? Fui até a Lua e voltei de dor.

Minha mãe chegou, do Brasil, então relaxei. Agora, a Vic podia nascer. No último final de semana grávida, fizemos a festa de aniversário da Valentina (3anos), festival de verão, dia dos pais e comi wasabe no cursinho de sushi do Jamie Oliver até não poder mais, além de limpar muito a casa.

Na segunda-feira, de madrugada, acordei. Ía no banheiro e nada. Achei que era uma dor de barriga devido ao excesso de wasabe. Meu marido acordou às 6h30, ligou no hospital e pediram para eu ir. Acordamos minha mãe para ficar com a Valentina. Migs, desci as escadas e tive minha primeira contração. Eu queria mesmo era beliscar a parede! Falando nisso, uma vez a midwife me disse – “Querida, se você consegue falar durante uma contração, então fique em casa no trabalho parto. Se você não consegue falar, o bebê vai nascer e venha para o hospital”. Morávamos mais ou menos perto, eu xingava meu marido demais – afinal, ele quem me engravidou”. Te amo, paixao!

Saí de camisola e corremos muito. Chegando lá, adivinha? A enfermeira disse que ía acordar a midwife. Migs, sério! Essa é a realidade. Alô, planeta Terra chamando. Ela acordou, me examinou e fomos para o quarto. Eu tinha 2cm de dilatação às 7h30. Pensei que ía para um centro cirurgico, claro, mas era um quarto mesmo.

Fui ao banheiro – ainda achava que era uma diarreia. Pedi para Thiago forrar o assento com papel higiênico. Migs, ele pegava cada papel higiênico e cortava naquela linha pontilhada e forrava a privada. Eu quase morrendo de dor. Forrou o assento todo, e eu achando que ia morrer de dor. Quando finalmente sentei, a enfermeira gritou: “Saia daí já, porque se o seu bebê cair na água da privada pode pegar infecção!”

Mediram os batimentos da Vic. Pedi anestesia e nada … mas ganhei um gás – que eu queria isso agora! Iria cheirar quando minhas filhas me deixassem louca – que dava uma super aliviada. Lança perfume feelings! A anestesia também é diferente do Brasil. É aplicada da mesma forma, mas a midwife da um controle. Você aperta o botão desse controle, para descer mais anestesia, de acordo com sua dor. Apertei só uma vez.

Nesse meio tempo, Thiago foi estacionar o carro e pegar a mala, porque tinha largado na entrada do hospital. Mais uma coisa, não existe manobrista, claro!

A midwife, quer dizer obstetrícia no Brasil. Não é médico que faz seu parto, é a midwife. Não deu tempo de perguntar o nome dela, juro! Enfim, ela me examinou às 10h e disse: “Você está com 10cm de dilatação. É agora”. Podem passar anos, e eu nunca vou esquecer desse – It is time!

Bom, era eu, ela e meu marido na sala. Sem nenhum instrumento. Na hora da contração, ela falava push. Fiz tanto push, push e push … aprendi que tenho limite, mas posso ultrapassá-lo. Suei muito. Zero glamour. Muito mulher. Muito mãe leoa. Muito amor. Muita cumplicidade, somente eu e meu marido. Foram cinco horas de trabalho de parto.

Durante o push, o batimento da Vic caiu. A midwife apertou um botão e entrou a equipe médica.

Vic nasceu, de um parto normal mais lindo do mundo, às 11h30 do dia 10 de agosto de 2015, em Londres. Pesava 4kg e 54cm. Sim, bem gordinha de muita saúde e muito amor ❤

Não tenho fotos. Não tenho filme. Não estava maquiada e produzida. Não tenho registros do dia mais emocionante da minha vida e do meu marido, somente uma selfie. Mas na nossa memória ficará para sempre, porque só eu e ele sabemos o que passamos ali, da nossa cumplicidade e do fruto do nosso amor, da forma mais natural possível de vir ao mundo.

Thiago, serei eternamente grata por todas suas palavras, presença e todo amor do mundo. Te amo, paixao!

Amor, muito amor.

Vic nasceu. Não limparam. Não aspiraram. Não dão banho. Nada.

A midwife me disse: “Natália, vamos levantar, tomar banho e ir para casa”. Oi?!? Princesa Kate feelings. Estou longe de ser princesa e sair de salto e vestido do hospital. Óbvio, que fiquei por lá mesmo. Em um quarto compartilhado, com quatro famílias, e um banheiro. Sem lembrancinha. Sem enfeite na porta. Sem flores. Sem mimimi. Com amor, muito amor. Minha única e mais importante visita: minha mãe.

Voltei para casa, e apresentamos a Victoria para a Valentina. Que emoção! A partir dali, tudo fez sentido para mim. Que presente nos estávamos dando uma para a outra.

Valentina e Victoria, pela primeira vez.

Não vou fazer discurso feminista-parto humanizado-natureba feelings … porque cada um sabe o que é melhor para você. E eu não sou dessas, alias longe isso. Acho que o mundo evolui, e nos evoluímos com ele. Parto em casa, na banheira, de cócoras no rio, da época das cavernas … não faz meu estilo. O meu, migs! Como eu tive as duas experiências, minha recomendação é : Eu faria parto normal 122mil vezes, pela emoção, amor e forma natural de vir ao mundo no dia e momento que o bebe escolher.

Valentina e Vic, muito obrigada por ter nos dado essa oportunidade em nossas vidas. Te amamos!

 

Galochas, botas para a neve, botas para muito frio, botinha zebu, bota da xuxa, bota cano curto, bota sem salto … sua BFF na Europa!

Querida amiga-mãe-expatriada,

Se tem uma coisa que você vai usar muito na Europa são botas!

Quando eu era rhycah no Chile, andava muito de carro. Só usava metro e ônibus quando ía para o centro da cidade. Então, eu seguia com  os 122mil pares de sapatos. Para que? Eu realmente não sei. Em Madrid, também usei muito carro, mas mesmo assim as  calçadas do centro não são para esse modelito de sapatos brasileiros.

Quando mudei para Londres, aprendi muito a desapegar. Londres me ensinou tanto! A cidade é enorme. Tudo sempre está lotado. Não tem a menor possibilidade de andar de carro. Para entrar na região central, tem que pagar o congestion card – custa £11,50 por dia – e é muito, mas muito difícil conseguir estacionamento ou vaga na rua (só para moradores). A solução, por sinal a melhor, é ir a pé, ônibus ou metro.

Querida amiga-mãe-expatriada, se você vai morar na Europa, esqueça seus saltos da Schutz no Brasil! Não vão funcionar por aqui. São lindos, eu também amo e era minha marca predileta. Doe feliz.

No pouco verão que temos, aqui, da para usar mais rasteirinha e espadrille (amo!). Acho super feminina. Salto alto, só se for o modelo bloco, migs, estamos no “Velho Mundo”, não existe calçada novinha para desfilar seu último lançamento de salto alto, cor vibrante, amarração na perna e todos dedinhos para fora.

No inverno daqui, 10 meses do ano, usamos botas, mais botas e muitas botas. Também acho que não vale a pena trazer do Brasil. Os modelos de sapatos brasileiros não tem em nenhum lugar do mundo. Maravilhosos! Sempre, mas sempre alguém pergunta de onde é minha sandália ou sapato de salto no trabalho (eles ficam no meu gaveteiro) … mas deixa eu te contar: a qualidade das botas brasileiras não são para o dia a dia aqui.

Chove, neva ou faz muito frio. Nenhuma bota do Brasil aguenta esse tranco. Nem eu aguento esse tranco, migs! Tomo muita vitamina D. Não adianta falar que aguenta, porque não dura. Já perdi algumas por aí. As botas daqui são impermeáveis, super mega ultra confortáveis e aguentam o frio … mas não são bonitas como as brasileiras. Ok. Não se pode ter tudo nessa vida! Já dizia minha mãe …

Numeração

Eu calço 35 no Brasil, aqui, na Europa é 37. Normalmente, são dois números a mais, mas sei lá se o seu pé é gordinho, chato (Vivi, lembrei de vc!) ou de sapo.

Para a sobrevivência, você tem que ter:

✔galocha

✔bota de muito frio

✔bota para sair com o marido, azamigas ou trabalhar

✔bota para a neve

e uma bota não tem nada a ver com a outra!

Amiga-mãe-expatriada, anote as dicas e vamos as compras! Me chama também.  Adoro compritchas.

Bota de Chuva, Galochas, Wellies.

Hunter

Primeira compra essencial para sua sobrevivência, pelo menos em Londres e na Holanda. Chove muito, muito mesmo. Não adianta comprar modelo vagabundo.O importante é ter menos, mas com qualidade. Vai pagar caro? Vai. Caríssimo! Tenho as minhas galochas há quatro anos, e estão novinhas. Tenho certeza que vão durar por muitos e muitos anos.

Marca: Hunter (não adianta Melissa, tá? Só para as kids).

Modelo: Cano alto e ajustável na perna. Tem que ser a de cano alto, porque o cano mais baixo vai molhar sua calça.

A Hunter tem uma infinidade de cores, uma mais linda do que a outra. Comprei preta, mas confesso que queria outras. Se fosse antes, teria umas três, mas atualmente, para que?Comprei na Amazon, mas em Londres tem uma loja, na Regent Street. É melhor provar, antes de comprar, porque a minha é um número menor. Saiba mais aqui! 

Bota de frio, muito frio.

UGG

No primeiro mês de frio, em Londres, quando cheguei, já logo vi que minhas botas não iam durar. Não segura o frio. O pé congela. Eu indico a UGLY, ops UGG. Essa bota é horrorosa, minha gente! Parece pé de pata de monstro, mas funciona para o frio daqui e muito! A minha é o modelo Michelle, mais conhecido como “menos pior de feia”. Ela é super quente, muito macia e mega confortável. Tenho a cinza, mas tem caramelo, preta e outras cores. No outlet, Las Rozas Village é mais barata, em Madrid. Ahhh porque além de feia, é cara, viu? Combo completo.

Saiba mais aqui!

Bota para sair com o marido, azamigas ou trabalhar.

Tenho de algumas marcas. Para achar um modelo bonito, como no Brasil, você tem que pesquisar muito, mas com certeza todas serão muito confortáveis. Indico essas marcas:

Paul Neyman (Holanda)

A loja fica em frente ao Rijksmuseum e aquele nome grande – I Amsterdam (tire uma foto aqui!). Migs, sério! Todas as botas tem ótima qualidade. O couro é incrível. Também acho bem bonitas. Uso muito dois modelos para trabalhar e sair. Cara, viu? Saiba mais aqui! 

Kort (Holanda)

Essa loja também fica em frente ao Rijksmuseum. O vendedor é preguiçoso, ele vai querer vender a que está lá em cima e não no estoque. A Holanda não é muito boa de serviço mesmo. Enfim, tem várias botas confortáveis, com muita qualidade e não são bonitas. Tenho um modelo de botinha “boi zebu” mas super moderna. Saiba mais aqui!

Russel&Bromley (London)

Minha loja preferida das prediletas. As botas são todas lindas. Uma infinidade de modelos. Muita, mas muita qualidade. É cara! Coisa boa é cara. Explica para o marido. Tenho apenas uma, estilo bota da Xuxa. Existe promoção também, migs! Tem em várias localidades, mas eu babava mesmo na loja do Westfield. Saiba mais aqui! 

Clarks e Office

Para mim, as lojas são bem parecidas. Você não vai encontrar nenhum modelo modernoso, mas vai encontrar qualidade e preço justo. Não tenho nenhuma bota da Clarks, mas tenho duas da Office. Uma de cano longo e outra ankle boots com franjinha. Amo!

Saiba mais aqui, sobre a Clarks!

Saiba mais aqui, sobre a Office!

Asos

Essa loja é incrível. Adoro! As botas são bem confortáveis. Super recomendo. Saiba mais aqui!

Zara

Amiga-mãe-expatriada, da uma olhada com calma nos sapatos da Zara. São confortáveis, sim! A qualidade não é a mesma das outras lojas, mas se você quer uma bota fashionista, vai encontrar lá. Saiba mais aqui!

Bota para a neve

Sorel

Tem pessoas que usam a Hunter com meia de esquiar (prazer, eu!). Mas a Hunter não é para neve. A top da top é a Sorel. Ainda não tenho, mas esse frio que tem feito na Holanda, estou pensando seriamente em comprar. Saiba mais aqui!

Migs, nem pense em encomendar uma bota sem provar. Primeiro, porque é um SACO levar muamba para o Brasil (mais todos os presentes da família), pior ainda é quando a migs encomenda e não da o dinheiro antes.  Deixa eu te contar – na verdade, trazê-la para a realidade – não é porque sua amiga-mãe-expatriada veio morar na Europa que ela está rhycah, viu? Venha visitá-la e compre seu sapatinho, Cinderela.

Quer trabalhar na Europa? Venha!

Querida amiga-mae-expatriada,

Esse post poderia ser gigantesco, porque o que eu aprendi nos últimos três anos trabalhando na Europa, não cabe nessa página.

Muito prazer, esse é meu currículo! Minhas amigas brasileiras mais antigas, falavam que eu adorava contar sobre o meu CV. A verdade é que eu sou filha de uma mãe que tem duas faculdades, duas especializações (Federal, USP e FGV) e uma empresa de RH. Cresci ouvindo: marido não é emprego! Também cresci ouvindo minha mãe falar sobre carreira, cursos, línguas e oportunidades. Enfim, esse era meu direcionamento. Como sou visionária, casei com o meu maior orgulho, Thiago Marchi. Ele também fez Federal e MBA em Michigan.

Quando mudei para o Chile, passei oito longos meses procurando emprego, juro! Ouvi de uma headhunter que eu deveria trabalhar e não ficar em casa cuidando da filha, pois ela iria crescer e não precisar mais de mim, e já seria tarde retomar a carreira – tapa na cara com luva de pelica … quer dizer, boxe. Consegui, na minha área. Na mesma semana, o marido recebeu a oferta para Londres! Obrigada. De nada. Até a próxima.

Chegamos em Londres, em maio de 2014. Em 15 dias, a Valentina já estava adaptada na escola e pensei: “Pronto, daqui a duas semanas já estarei trabalhando!” Corri com a papelada do visto. Atualizei meu CV e linkedin.

No Brasil, eu estava numa posição profissional muito boa na minha carreira em TI. Trabalhava no que eu gostava. Fiz uma faculdade, uma pós-graduação, três especializações e um MBA. Uau mesmo! Estava super confiante e “me achany” que iria arrumar emprego super rápido e fácil. Afinal, é isso que todo brasileiro pensa, certo? Vou sair do Brasil, sou fodástico e consigo emprego fácil.

Comecei a mandar CV! Mandei, mandei e mandei. Paguei o linkedin Premium – super mega ultra indico. Valentina ía para a escola das 13h às 17h30. Eu passava a tarde toda mandando CV, aplicando para todas as vagas em TI. Sabe quanto tempo passei fazendo isso? Seis meses!!! Isso mesmo, longos seis meses.

Pois é, migs! Londres me fez colocar os pés no chão em todos os sentidos. Eu fiz 32 entrevistas. Uau! Nunca vou esquecer desse número. Fiz 32 entrevistas para conseguir UM emprego na minha área. Aplicava para a vaga, me preparava muito, treinava mais ainda para cada entrevista e … nada. Nadica. Nem lembro mais quantas vezes eu chorei, super frustrada.

Deixa eu te contar: aqui, nós competimos com os melhores do mundo! Fiz MBA na FGV fodástica (para mim!), mas o cara que compete comigo fez INSEAD, na França. Melhor ainda, tem experiência em UK, EMEA, Benelux e todas as siglas de países da Europa. Eu achava que com visto, seria mais fácil, não precisaria de visto patrocinado. Ledo engano. Todo mundo tem visto/passaporte europeu, óbvio! Quem sabe um QI da vida- quem indica – nadica porque eu também não conhecia ninguém. O que vale aqui, é a experiência no mercado local. E essa, migs, eu não tinha e nem você deve ter.

Vamos colocar os pés no chão. Na verdade, para tudo na vida, é onde eles devem ficar. Fica a dica! Se você sonha em morar fora, se prepare muito, principalmente sua auto-confiança porque são muitos “NO”. Tenha resiliência alta, você vai precisar!

Falo inglês e espanhol fluente. Graças a minha mãe, que sempre foi visionária e me colocou na Cultura Inglesa com oito anos, também fiz intercâmbio para o Canadá. E aí? Pois é, mas o cara que compete comigo já nasceu falando inglês (tipo as minhas filhas!) e ainda fala alemão, holandês e italiano. Como me destacar?

Acho tão engraçado quando o brasileiro fala que pode trabalhar em qualquer país. Mais ainda, que o brasileiro é super trabalhador. Alô, planeta Terra chamando! Tem pessoas competentes e incompetentes em todos os países. Se você é da área da saúde, pior ainda, vai ter que estudar uns bons anos para revalidar seu diploma. Também tem aquela “na minha área tem emprego em qualquer país”. Migs, todas as áreas tem empregos.

É MUITO difícil entrar no mercado de trabalho aqui. O mais importante é a experiência local. E como ter experiência, se era a minha primeira oportunidade na Europa? Depois de 30 entrevistas, resolvi fazer um projeto de três meses para uma empresa de TI … detalhe: de graça! Pois é, meu marido bem sucedido e eu com uma filha. Precisava disso? Sim, precisava. Na vida, às vezes a gente tem que dar cinco passos para trás e vários bem lá na frente.

No dia 08 de dezembro de 2014, eu recebi a primeira offer letter em inglês! Para você, pode não ser nada, mas eu sei como foi difícil. Eu não queria sair da área de TI,  não queria trabalhar em loja e supermercado (nada contra!), não queria fazer um downgrade na minha carreira e queria um salário maior do que no Brasil. Só eu sabia o quanto custava esse sonho de ter um emprego na minha área, fora do Brasil… consegui! Depois disso, já recebi e recebo semanalmente, uma infinidade de mensagens no linkedin e ligações para entrevistas. Na Holanda, nem procurei mas me acharam pelo linkedin e fiz uma entrevista para uma empresa bem legal, na minha área em TI, o salário era melhor do que o meu atual mas no final falei não. O importante é entrar no mercado Europeu, para ter a experiência local, e depois com certeza você vai receber várias ligações de headhunters e empresas. Poderá escolher e não lutar para ser escolhido!

Eu passei dois longos anos acordando às 5h45. Pegava dois ônibus e seis metros por dia. Entrava às 7h30 e saía às 16h30. Li, praticamente, uma biblioteca no metro. Com duas filhas e serviços domésticos para fazer …. vivia mega cansada. Se valeu a pena? Faria tudo de novo, 122mil vezes. Porque eu aprendi muito sobre trabalho e diversidade.

Trabalhei dois anos para a mesma empresa, em Londres. Quando mudei para a Holanda, me chamaram de volta para o escritório, em Rotterdam. Fiquei tão feliz! Por isso, é muito importante não sair com raiva, dando piti e ser um bom profissional até seu último dia na empresa.

Mudei para Amsterdam em setembro de 2017,  e em novembro voltei a trabalhar. Trabalho três vezes na semana home office e duas vezes em Rotterdam. O que eu mais escuto? Que sorte! Migs, não é sorte. É trabalho, muito trabalho. Pego as meninas às 15h30 na escola todos os dias e volto a trabalhar quando elas dormem. A Thais, minha querida babá de 8horas na semana, busca as meninas na quarta e quinta quando estou em Rotterdam. Thiago, meu marido, deixa as meninas na escola nesses dois dias de manhã, também, já que eu trabalho, de trem, a 1h20 de casa.

Sobre trabalhar fora.

A empresa que eu trabalho tem sete escritórios no mundo. Aí sim, será sorte se meu marido for transferido para onde eles tem escritório! Trabalhei em Londres e Rotterdam. Apenas nessas duas localidades, são 20 nacionalidades, como: Nigeria, Tunisia, Tanzania, Quenia, Malasya, EUA, Polonia, eu do Brasil sil sil. Os donos são franceses, a sede é em Toulouse, na França. Eles tem uma cabeça muito aberta. Aprendi e aprendo diariamente muito sobre cultura. Mais ainda sobre empatia. Tem muitos mulçumanos, e no Ramadã (40 dias de jejum), nós comemos em outro local para eles não passarem vontade. Tem hindu também. Tem mulher de burca. Tem mulher de saia curta. Por falar em mulher, sou a única mulher do escritório em Rotterdam.

Londres tem muitas, muitas oportunidades de emprego. Chile e Madrid, poucas e a prioridade sempre será o chileno/ espanhol (a mais pura verdade!). Amsterdam tem muitas oportunidades de emprego também.

Em Madrid, não trabalhei porque precisava do NIE – um RG local. Demorou seis meses para sair o meu, peguei na semana que fui embora para Amsterdam. A Espanha, é um país que ainda não saiu da crise, muito difícil conseguir emprego por lá. Eles dão prioridade para o espanhol.

Agora, quero te ajudar de alguma forma. Se eu consegui, você também consegue!

Eu poderia listar, aqui, todos os sites de emprego dos países que morei, mas para mim, eu acho que não funciona. Só indico o linkedin!

A Carolina Dostal, é minha amiga mais querida da infância. Super inteligente e empreendedora. Ela tem a Assessoria Linkedin, faz consultoria presencial em São Paulo e via skype.

Fone: + 11 99999-4569

Saiba mais aqui!

Seguem algumas recomendações dela:

PERFIL

A primeira recomendação para quem quer trabalhar fora do Brasil é espelhar o perfil nos idiomas dos paises de interesse.

ELABORE SEU TÍTULO

Seu título deve ser claro, objetivo e específico contendo: cargo, função/área e sua especialização, por exemplo: Gerente financeiro especializado em contas receber na BRFoods.

Não basta apenas colocar seu cargo como Gerente Financeiro, pois a especialização em Contas a Receber ajuda no entendimento de quem você é profissionalmente. Se você é autônomo cuide para que seu título contenha informações sobre seu nicho de negócios, sua especialização e suas atividades. Exemplo: psicológo infantil especializado em TCC.

OBJETIVO

Tenha um objetivo claro! Faça uma lista com as empresas que você gostaria de trabalhar. Siga a Company Page dessas empresas e pesquise o perfil dos funcionários.

FOTO DO PERFIL – TIRE UMA FOTO PROFISSIONAL!

Linkedin não é Facebook! Um perfil com foto é 21x mais visualizado. Pense em como você se vestiria para ir a uma entrevista de emprego, pois esse é o “look” ideal para tirar uma boa foto para seu perfil Linkedin! A iluminação e a resolução da foto são importantíssimas. Capriche, pois aquela “a primeira impressão é a que fica” continua sendo válida e verdadeira!

Para checar se sua foto está de acordo com os padrões do Linkedin, experimente fazer o upload da sua foto do Linkedin no Snapr Photo Analyzer www.snappr.co/photo-analyzer.

Outra dica nessa questão da foto, é saber qual é o dress code do país… (bem importante ne?)

SKILLS (habilidades)

As habilidades possuem grande relevância nos mecanismos de busca do Linkedin, pois são consideradas “itens decisivos” para que seu perfil apareça nas primeiras paginas dos recrutadores. Por isso, explore bem as suas habilidades e palavras-chave no seu perfil profissional. Lembrando que em habilidades, você pode usar e abusar das hard skills e soft skills (explicar, se quiser, ou colocar algum link que explique isso)

Exemplos: SAP , ERP , SALESFORCE, Salesnavigator, Facebook Ads, Negociação, DB2, Java, Mobile Marketing , Inteligencia Artificial, Pensamento Critico, Machine Learning etc…

SUMMARY (resumo)

Uma das áreas mais importantes do seu Linkedin, pois é atraves desse espaço generoso de 2000 carácteres que você pode contar para o mundo quem você realmente é!

Importante expressar bem O QUE VOCÊ faz profissionalmente, em que áreas atua, já atuou, em quais indústrias, etc.

Facilite que as pessoas entrem em contato com você, e adicione em seu Resumo o que chamamos de CALL TO action, o famoso CTA – inserindo seu email e celular.

Faça seu resumo seguindo esses passos:

Passo 1 – escreva sua formação acadêmica de forma breve utilizando no máximo de três a quatro linhas.

Passo 2 – utilize palavras-chave para descrever seus destaques profissionais para que os mecanismos de busca do Linkedin aumentem assim sua chance de ser mais visualizado!

Passo 3 – Call to Action – Repita suas informações de contato como email, telefone e website.

Passo 4 – layout – beleza e organização são imprescindíveis! Organize suas ideias e deixe um ou dois espaços entre os parágrafos.

E se você quer mesmo se diferenciar no Linkedin, não esqueca de mostrar os resultados alcançados em experiências anteriores de forma quantitativa. Exemplo: Crescimento de %de mkt share em 2018.

Querida amiga-mãe-expatriada, agora, siga essas dicas, arrume seu CV, pague o linkedin Premium e voilá!