Encontros e despedidas da expatriada – posso chorar agora ou já?

Querida amiga expatriada,

estamos quase na metade do ano (o ano é 2022).

Para quem mora no Brasil, vou explicar esse rolê! Normalmente, nessa época do ano é quando as pessoas são transferidas para outros países, porque é o final do ano escolar também. Depois dos 4 anos, quando a criança é obrigada a ir para a escola (eu ouvi um amém?), ninguém quer fazer mudança em pleno mês de janeiro, no frio do caceta e duas semanas de férias. Vira um auê nas cidades, por conta das casas também – entregar para quem vai e alugar/ comprar uma nova para quem vem. Nem vou entrar no quesito vaga de escola, apenas desejo sorte – você vai precisar!

Na minha vida, vira um chororô danado! Não adianta. Nunca vou me acostumar com essas despedidas. Never ever evahhhhhh!

Ano que vem vai fazer 10 anos que saí do Brasil. Já fui a que despedia por cinco vezes, e a que fica chorando por 122mil vezes.

Como rolou a pandemia, acho que as empresas deram uma “vou deixar você ficar mais tempo, aproveita mulé!”, porém, nessa metade do ano está indo todo mundo de uma vez. Não só aqui, em Amsterdam, mas vários países. Sei porque tenho amigas pelo mundo afora passando por isso.

Kids Expatriadas. O nome certo é Third Culture Kids – joga no google aí, porque preciso tirar roupa da máquina sem tempo de explicar.

Agora, que minhas filhas cresceram, eu vejo elas chorando por uma amiguinha e choro MUITO! Fico triste. Arrasada. Não consigo ver minhas filhas chorarem e não desabar junto. Sofro mais do que a Thalia- Maria do Bairro- da novela mexicana.

No fundo, sei que por uma escolha nossa (minha e do Thiago) elas estão nessa situação. Pior ainda é que não tem fone celular/ grupo de zap, então o contato vai de vários playdates para nada em um milésimo de segundo. Tão pequenas e convivendo com essa dor.

Eu tenho amigas de infância. Ai penso se elas vão conseguir manter essa amizade, será? Também tem todo esse lance de pertencimento. By the way, só se fala nisso – nome lindo, né? Porém, as psicólogas vão me cancelar. Bora parar com esse rolê? Isso mexe demais na nossa vida expatriada de 122 mil países e nunca sabemos qual será o último. Enfim, por enquanto, eu crio minhas filhas para pertencerem ao mundo, que é muito pequeno para ficarmos no mesmo lugar.

As escolas são especialistas em aumentar meu chororô. Estão de parabéns! Tenho pasta, cartões, livros com fotos e muitas lembranças de todas as escolas que já foram. Para terem uma ideia, a Valentina, minha filha mais velha, já foi para seis escolas com 9 anos. Já posso imaginar sua cara de chocada. Tá tudo bem para ela, juro! Já para euzinha, a mãe manteiga derretida, nada bem. As vezes, vejo um cartão com as mãozinhas das kids no Chile, com 1 aninho, e borro todo o rímel, claro.

Quantas vezes vou escrever a palavra chorar nesse blog? La garantia soy yo.

Chegadas e Partidas da Expatriada

Quem não tem preguiça de começar tuuuudo de novo? Vou falar que é fodástico. Você muda, faz novas amigas – o que é bem difícil fazer novas amigas já véia – tem que mudar e começar do zero de novo. Da uma puuuta preguiça. É um saco. Chegar. Sorrir. Se esforçar. Buscar afinidades. Principalmente, antes do inverno chegar – porque é quando todo mundo se tranca e você precisa se trancar com alguém, além da sua familia (recomendo!).

Fico imaginando como uma pessoa tímida deve sofrer, no caso, meu marido é tímido mas a sorte dele (além de ser casado comigo, óbvio!) é que eu apresento todos os amigos nos países que moramos para ele. Tá me devendo para eternidade, hein Thiago? (aceito pagamento em bolsa cara. Obrigada. De nada.)

Para algumas, ainda tem a barreira da lingua. Enfim, 122mil empecilhos.

Se os seus filhos são pequenos e estão na escola, rola fazer playdate e ficar amiga da mãe. Porém, se já são adoles. Ai amiga, que boxxxxta, hein? Aqui só jogo a real. Quando mudei para Londres, eu ia nas aulinhas gratuitas do bairro para fazer amiga, parquinhos e, na época, conheci minha BFF Paulinha no Facebook. Fui lá e postei no grupo, com a cara e coragem, onde eu morava e se tinha alguém perto com filho pequeno. Deu mais do que certo!

Uma vez conheci uma amiga muito, mas muito legal em Madrid. Mesma escola da minha filha menor. Filhos da mesma idade. Tínhamos muitas afinidades. Ela disse que não iria se apegar ou ser minha amiga, porque sabia que eu iria partir logo. Dito e feito. Fiquei somente 6 meses lá, porém na época pensei que ela era doida. Imaginaaaaaaa! Hoje? Rá. Rá. Rá. Sambando aqui no cuspe que caiu na minha cara. Entendo muito e respeito.

Eu me entrego sempre. Não sei quanto tempo vou ficar por aqui, mas aproveito como se fosse o último dia, todos os dias. AMO minhas amigas, e elas sabem quem são!

Já me ferrei, claro, com algumas, mas aprendi que tudo é uma questão de afinidade. Quando conheço alguém, penso se seria amiga dessa pessoa no Brasil. Se sim, então bora junto nesse rolê expatriada! Senão, tchau, fia. O tempo é o que temos de mais precioso, não vale a pena desperdiçar com alguém que está cagando para você.

A amiga expatriada é a nossa família aqui. Quando da merda, é para ela quem ligamos e contamos mais do que a própria familia (muitas vezes!). Quando da match, é bom demais. Agora, quando da match dos pais e as kids também, aí é outro patamar. Para sempre, sabe?

E a amiga expatriada está no mesmo rolê every single f … day! Sabe o que é tomar chuva na cara todo santo dia, catar piolhos, vento que entra no útero and ver um ratinho passando e fingir normalidade (peraí, acho que nunca, né?). Enfim, as alegrias e perrengues são os mesmos! Por isso a intensidade cresce em poucos meses.

O pior de tudo, na despedida, é o timing.

Sempre sabemos poucos meses antes da mudança- na minha vida, 1 mês antes de partir. Tudo se torna ainda mais intenso e na corrida contra o tempo.

Amiga expatriada, essa é para você, é muito importante fechar ciclos. Chora. Se joga na cama igual o xóven. Gasta todos os lencinhos mesmo. Borra toda make. Se você se privar da despedida agora, lá na frente vai chorar mais ainda. Fica aquela ferida aberta. Muitas não puderam fechar esse ciclo no meio da pandemia, porque não podíamos nos ver. Sinto muito por isso.

Fica que vai ter bolo!

Eu queria mesmo é falar para todas que passaram pela minha vida: fica que vai ter bolo! Mas a vida expatriada é assim. Tem muitas coisas boas. Muitas outras coisas que pqp! A despedida é uma delas. Dói para quem vai. Dói para quem fica. A dor perdura, mas quando se tem amor, a distância supera. A amiga fica, mas fica do lado de dentro do coração. Sempre. As minhas são assim. Eu amo vocês muito e contem sempre comigo! Anytime. Anywhere. Mi Casa. Su Casa.

Se você está passando por isso agora, sinta-se abraçada. Viva esse luto. Temos que fechar ciclos.

Se você está chegando em um país novo, leia esse post aqui. Espero que encontre a sua MY ONE PERSON.

* Essa foto linda é de uma loja na Turquia, que eu fui com uma amiga, chamada Pitane.

 

 

A pergunta que eu mais recebo … como você consegue?

Querida amiga expatriada,

Eu não sei quantas vezes já me perguntaram: “Como você consegue?”. Seja no Brasil, na Holanda, quem me conhece e quem não me conhece.

A verdade é … eu só consigo por causa do meu marido. E ele só consegue por causa de mim. Nós conseguimos juntos!

Simples assim.

Ele é pai tanto quanto eu sou mãe.

Ele trabalha assim como eu trabalho.

Eu ganho muitoooooo menos do que ele, mas o meu trabalho NÃO é menos importante do que o dele.

Ele consegue trabalhar até às 22h, viajar a trabalho, cumprir metas e ser promovido … apenas porque eu faço o restante acontecer quando ele não está.

Eu consigo bater meta, viajar a trabalho para Londres e ser promovida … apenas porque ele faz o restante acontecer quando eu não estou (sem listinha, sem avós e sem ajuda).

Já ouvi também: “Ahhh mas quando você mudou de país, já sabia que o trabalho dele era muito importante e teria que viajar muito”. Sim, claro que eu sabia, e ele também sabia que eu abri mão da minha carreira, familia e país para viver o sonho dele (no começo, esse não era meu sonho!).

Nossa rotina.

Voltamos do Brasil no primeiro domingo de janeiro a noite.

Na segunda-feira, nós dois trabalhamos em casa para também dividir as tarefas domésticas e ficar com as meninas. Eu arrumei as malas e lavei todas as roupas. Ele fez compras e cozinhou para a semana. Nós dois ficamos com as meninas, entre um video call e outro. E segue o baile … não existe milagre ou receita pronta.

Na quinta-feira, eu estava em Rotterdam trabalhando. Ele me ligou e disse que iria levar a Vic ao médico, devido a eczema. Ele trabalhou em casa, foi buscá-la na escola, levou ao médio, pegou os cremes, passou nela e a deixou na escola. A noite, eu falei: “Paixão, obrigada por levá-la ao médico. Ele me disse: “Está louca? Não precisa me agradecer. Ela é minha filha”.

Ele está certo. É que vejo tantos pais por aí que fico chocada. Já falei que pai brasileiro acha que pagar babá e empregada significa ajudar. Exercer a paternidade não tem nada a ver com isso.

Thiago leva as meninas na escola segunda, terça, quarta e quinta. Na segunda e terça eu vou para a academia cedo, na quarta e quinta estou em Rotterdam trabalhando. Nossa, mas você vai malhar e ele arruma as meninas? Sim, claro, obvio e com certeza …  e pena que não posso malhar cedo na quarta e na quinta também.

Viagens

Quando viajo a trabalho ou cazamigas, sempreeeeeee alguém me pergunta: “E as meninas, onde estão? ” Ué, claro que ficam com o pai! Eu queria saber se alguém pergunta quando ele está viajando: “Nossa, com quem estão suas filhas?”.

Amanhã vou viajar a trabalho por três dias. E elas? Na segunda, vão para um playdate depois da escola (obrigada Dalia e Carol!), ele busca cada uma em uma casa e a noite – avisei em cima da hora e ele não conseguiu desmarcar a reuniao. Porém os demais dias vão ficar com o pai ué!

A única parte que eu fico freak é que ele não prende o cabelo das meninas bem preso, e piolho tem passaporte europeu #medooo.

Na semana que vem é a vez dele viajar, na outra semana também e assim por diante. Ele viaja todos os meses e eu fico igual barata tonta quando ele não está. Perdidinha e acabadinha da Silva.

Se eu posso viajar todos os meses? Não. No Brasil, eu viajava muito a trabalho e não quero mais essa vida. A empresa que eu trabalho mega respeita e entende isso.

“Mas é que você trabalha …”

Não, minha gente, já fiquei sem trabalhar fora alguns meses e ele também fez.

A verdade é que a gente se coloca numa situação que “só” porque não trabalhamos fora, podemos e devemos fazer 100%, tudo e mais um pouco em prol da familia.

Se você se sente bem com vida de Amélia, parabéns! Uma salva de palmas para você, porque realmente eu não sou evoluída assim.

Acima de tudo isso, para mim, tem a questão de valores. Acho muito importante as nossas filhas crescerem vendo que as tarefas são divididas e não que “menino tem que usar azul e menina usar rosa”.

Se eu consigo, qualquer um consegue. A gente dificulta demais as coisas, a vida e os encontros. Seja mais leve!

 

 

 

 

 

 

 

Conto de Fadas X Conto de Fod…

Migs,

se você é expatriada, vai saber bem que a nossa vida não é um Conto de Fadas. Essa semana está mais para Conto de FOD… (isso mesmo que você leu!).

A situação no Brasil está ladeira abaixo. Dólar altíssimo, muito acima de 5 reais. Eleições chegando – by the way, eu transferi meu voto para a Holanda. Insegurança em todos os sentidos. Perspectiva zero, para não dizer negativa. Diante tudo isso, o sonho de morar em outro país só aumenta mas Migs, sinceramente … você tem mesmo noção do que é ser expatriada? 

Os brasileiros tem uma visão muito, mas muito distorcida do que é morar fora do Brasil. Acham que pegando as malas e #partiumundo é a solução de todos os problemas. Senta aqui. Deixa eu te contar. Sim, realmente vai ser a solução para alguns dos seus problemas atuais, mas você terá outros tipos de problemas, e piores se não estiver preparada.

Ainda mais com as redes sociais … é tanta gente feliz morando fora!#sqn

Li um texto muito interessante sobre a quantidade de pessoas que estão indo morar em Portugal e as dificuldades que estão enfrentando no sonho idealizado.

Eu recebo vários convites de amizade no LinkedIN. Acho que a pessoa pensa que eu trabalho na Holanda então posso ajudar. Queridos, eu não sou a pica das galáxias no meu trabalho e não trabalho em RH. Se eu soubesse como conseguir um emprego fácil, não teria feito apenas 32 entrevistas. O seu extenso e renomado CV junto com a sua dupla cidadania pode não valer nada aqui.

Minha mãe querida (obrigada mãe!) ficou na Holanda, em casa, quase três meses. Se ela não estivesse aqui, nós não poderíamos trabalhar. As meninas tiveram NOVE semanas de férias. Quem viaja nove semanas, no ano, nessa vida? Pela Lei daqui nós temos 25 dias úteis no ano. Aí você deve pensar: é só pagar alguém. Faça um cálculo simples, a hora da babá custa 10 euros. Portanto €100 por dia no horário comercial, ou seja, €500 na semana. Se eu tiver que pagar todas as férias das minhas filhas sairia €4,500 ou 23,175.00 reais. Se estiver sobrando essa quantia para você, me doa please! 🙂

A conta não fecha.

Tenho amigas pelo mundo afora que trabalham, não trabalham, o marido trabalha, o marido não trabalha, ela trabalha e banca a família, com um filho, dois filhos, três filhos e sem filhos … enfim, mas NENHUMA fala que sobra muito dinheiro. Nós ganhamos em euros/ pounds, mas nós gastamos em euro/ pounds. Por exemplo, uma escolinha (antes dos 4 anos) aqui custa entre €1,200 a €1,500 por mês – depende da quantidade de dias da semana que seu filho vai frequentar. Por outro lado, a Migs que mora no Brasil pensa que isso seriam 1500reais. Não, minha querida, não basta tirar o euro e substituir por reais. Um salário de uma mãe, em alguns casos, só daria para pagar a escolinha para apenas UM filho. Por isso, muitas delas não trabalham.

Aí você trabalha o ano todinho e resolve visitar a família no Natal. Pode separar de €700 a €1,000 por pessoa de passagem, no mínimo, ou seja apenas 20.000 reais só para pisar no Brasil sil sil. Acrescenta também os 122mil presentinhos que tem que levar para a família, tia, vizinha, amiga, amiga da mãe, família do marido e tudo mais. Ahhhh claro que aqui não existe 13 salário!

Minha mãe foi embora há pouco mais de uma semana.  Ai que saudade e tristeza, mas isso é assunto para outro post!

Thiago está fora desde domingo e volta amanhã (sábado). E eu? Bom, eu tenho a Thais amada que limpa minha casa 6 horas na semana e fica com as meninas 8 horas na semana (quando estou em Rotterdam). Tirando isso, eu tenho que trabalhar três dias em casa, dois dias em Rotterdam (3h30 por dia no trem), bater minhas metas no trabalho, fazer mercado (odeio!), cozinhar, levar a Valentina no tênis, fazer aula de música com a Vic, levar e buscar na escola, limpar a casa, lavar, secar e guardar a roupa, colocar e guardar a louça da máquina, arrumar as lancheiras, ajudar na lição de casa, ler livrinho, banho nas duas, colocar para dormir, academia, reunião na escola, playdate (toda semana eu faço em casa), levar para vacinar, passar maquiagem para ter dignidade, e shampoo seco quando não deu tempo de lavar o cabelo e …  ainda agradeço que ninguém ficou doente essa semana, oba!

E quando chove no Brasil? As pessoas não saem de casa. Quando faz muito frio, não levam os filhos na escola. Rá! Na Europa, se você não levar, a escola liga no mesmo dia. Se não levar três vezes, uma pessoa do governo faz uma visitinha na sua casa para saber o que está acontecendo. Você pode escolher entre muita ou ser preso, que tal?

Acima de tudo isso, e principalmente, vem a diferença cultural. A adaptação em outro país é super difícil, para minha família leva quatro meses, mas porque já moramos em outros países. Na média, acredito que seis meses no mínimo.

Sempre alguma amiga minha comenta que quer morar fora. Eu olho a quantidade de ajuda e mordomia, e penso: a pessoa não tira o prato, que comeu,  da mesa. Não lava a própria calcinha. Não cozinha a comida dos filhos. Não pega ônibus. Não pega metro. Não preciso nem falar mais nada …

Querida amiga expatriada, “tamujunto” no zero glamour dessa vida que nos ensina tanto. 🙂

Azamigas!

Querida amiga-mãe-expatriada,

azamigas! Elas são tudo que você tem de mais importante nessa vida expatriada, depois da sua família. Sabe por quê? Elas são a sua família fora do Brasil. ❤️

Por outro lado, eu sei … eu também passo por isso. Morro de saudades todos os dias das minhas amigas do Brasil, de infância, da escola, da faculdade, de Pernambuco, do MBA, do circo e do trabalho.

É mais difícil fazer amizade na fase adulta, mas posso garantir que as amigas (de verdade) que fiz nos último cinco anos, em quatro países, são para uma vida toda.

Já escutei várias vezes que os ingleses eram muito fechados. Morei em Londres por quase três anos, e não conheci ninguém assim. Migs, não crie barreiras. Você precisa se adaptar, não eles. Seja flexível e mais aberta a essa nova cultura. Nada vai ajudar você reclamar que o povo do país é chato ou fechado, então faça amizade com pessoas de outro país. Se esforçe. Pessoas boas atraem pessoas boas. Acredito MUITO nisso!

Claro que é mais fácil quando você vai para um novo país estudar/ trabalhar – porque todos estão na mesma situação. Porém quando você muda porque o marido foi transferido ou está em busca de uma nova oportunidade de vida … é fodástico mesmo. Até porque tem muitas outras prioridades como serviços domésticos, comida, filhos, procurar emprego, aprender uma nova língua e etc.

Em todos os países que morei, azamigas me ajudaram MUITO. Não andianta. Você precisa fazer amizade em um novo país, senão vai morrer de depre e acabar a vida da sua família. Happy Wife. Happy Family.

Indicação

Um dos meus papéis nesse mundo é conectar pessoas. Não tenho a menor dúvida. Já saiu até casamento (Vivi e Erik, saudades!) Eu AMO apresentar azamigas que tenham afinidades.

Quando estou de mudança, já pergunto para todos os conhecidos se alguém tem amigas no novo país. Isso mesmo! Escrevo um post no face: “Estou mudando pela 122mil vez, quem poderia me apresentar alguém na cidade?”. Com essa tática, já conheci pessoas incríveis e também já conectei várias azamigas.

Facebook

Sempre tem grupo no facebook. Faça uma busca por: mães brasileiras em Londres, brasileiras em Madrid, amsterdam mamas e etc. Óbvio que tem pessoas nada a ver. Fuja dessas! Eu sempre posto meu nome, idade das filhas, e pergunto se tem alguém no meu bairro. Conheci minhas duas BFFs de Londres assim, a Paulinha e Carina (muita saudade!).

Escola do filho(a)

Se seu filho(a) estuda em escola Britânica ou Internacional, já é meio caminho andado. Sempre tem brasileira e pessoas que já moraram em outros países, como você.  Se estuda em escola local, esteja aberta ao novo.

Academia

Na academia é um ótimo lugar também.

Playdates

Eu faço semanalmente playdates na minha casa. As crianças brincam e as mães conversam. Terapia em dobro!

Festinha de criança

Migs, apesar da gritaria é sempre bom conversar com as outras mães nas festinhas.

Deixa de deprê!

Se uma amiga te chamou para fazer algo, vá! Deixa de deprê ou de se fingir ocupada. A louça estará no mesmo lugar, quando você voltar, para lavar.

Minha casa é a famosa Casa da Mãe Joana, Ciclana e Fulana.  Eu chamo todo mundo para 122mil eventos em casa. Algumas amigas não me chamam para nada, mas eu sigo fazendo porque é feio para quem faz, não para mim – essa frase aprendi com a Carol, minha mineira da Holanda.

Trabalho

Se você trabalha, com certeza terá afinidade com alguém do trabalho. Tenho algumas amigas que conheci no meu trabalho, em Londres. Nós viajamos juntas para outros países, e sempre que posso dou um jeito de encontrá-las. Sam e Jo, amo vocês!

Migs, sua loka!

Não é porque ela é brasileira que tem que ser sua amiga. Migs, sua loka, pelo amor né?

Eu via alguém falando em português, corria para me apresentar e virar BFF. Achava que tinha que ser amiga de todas brasileiras expatriadas. Hoje? Deus me livre e me leve para bem longe dessas pessoas nada a ver.🙏🏻

Tive uma ex-amiga, em Londres, que estava mega depressiva. Teve filho havia pouco tempo e claro, como sempre, eu quis ajudá-la. Chamava para sair, vir em casa e também emprestei TODOS os brinquedos da Valentina para o bebê. Adivinha? Ela sumiu, me bloqueou no face e levou os brinquedos também. Maluca feelings!

Outra ex-amiga, no Chile, me deu a chave da casa para cuidar das plantinhas enquanto viajava. Justo eu? As plantinhas morreram e ela nunca mais falou comigo. Sorte a minha!

Não é porque a brasileira é esposa do amigo do seu marido que você tem que ficar amiga. Thiago tem os amigos dele e eu as minhas. Em alguns casos, somos amigos do casal mas em muitos casos não, e segue o baile …

Tem louca brasileira em qualquer lugar do mundo. #ficaadica

Cuidado com as fofocas!

Migs, o que você pode esperar de um grupo de brasileiras expatriadas? Fofoca, claro. Uma fala da vida da outra, que fala da outra e por aí vai … se está com tempo livre, venha lavar minha roupa. Obrigada. De nada.

Óbvio que já passei por isso e o melhor que eu fiz foi me afastar. Você precisa aprender a filtrar, quem serve e quem não serve.

Grupo de WhatsApp

Sabe rolo de grupo do zap zap? Oxe, que preguiça! Saí de todos os grupos (até das brasileiras da escola, ainda bem!). Não tenho tempo para mimimi. Preciso passar aspirador de pó no tapete e batom vermelho.

Hoje tenho quatro grupos:

✔️Amigas da Nati Chile

✔️Amigas da Nati Londres

✔️Amigas da Nati Madrid

✔️Amigas da Nati Holanda

Colegas x Amigas

Migs, além de ser zero tímida, também sou geminiana e preciso falar, falar e falar. Tenho muitas, muitas e muitas colegas pelo mundo afora, mas poucas amigas para a vida toda. Elas sabem quem são. ❤️

Viagens cazamigas

Tenho um acordo com meu marido: duas viagens por ano cazamigas pela Europa. Esse ano serão três, porque estou com muitoooooo crédito. Ele foi para a Copa na Rússia com os amigos durante 10 dias. Migs, é bom demais! Sem filhas, claro. Vamos na sexta e voltamos domingo. Já fui com elas para Holanda, Bratislava (Eslováquia), Viena(Áustria), Oslo (Noruega), Bologna (Itália), Cracovia (Polonia) e Ljublijana (Eslovênia). Andamos pelas ruas sem pressa, comemos muito, bebemos, rimos, choramos e nos abraçamos.

Amigas de outras nacionalidades

Migs, não tenha só amigas brasileiras. Você aprenderá tanto, mas tanto com outras nacionalidades. Tenho várias amigas expatriadas pelo mundo afora, as mais queridas de Londres são a Samantha (americana), Josephine (francesa), Nurat (nigeriana),  Balkis (tunisiana) e Jenny (inglesa). Em Madrid, a Natasha (indiana), Vanessa (belga), Maitê (espanhola) e Paty (uruguaia) mudaram minha vida para melhor por lá. Na Holanda, a Dália e Rita (portuguesas), Natasha (indiana), Daria (russa) e Erika (africana). Aprendi demais com elas sobre cultura, diversidade, religião e muito mais.

Migs, já passei perrengues pelo mundo afora: internações, rotavírus, asma, convulsão, cirurgia e etc. Azamigas me ajudaram mais do que família. Serei eternamente grata.

Se você for gente boa, com boa energia,  me manda mensagem 😜

Adoráveis inutilidades: cílios de Emília!

Querida amiga-mae-expatriada,

Se tem uma coisa que eu amo nessa vida é praticidade.

Conheci a extensão de cílios através de uma amiga super querida e gatíssima do trabalho, a Sam Russell.

Tem vários modelos:

✔Classic – Eu faço o modelo clássico, mais básico e super natural de todos.

✔Volum

✔Russian

Tomei coragem e fiz na última semana que morei em Londres, me apaixonei! Fiquei um tempo, um mês e meio, no Brasil sem cílios e mudei para Madrid. A Mari Freitas, super querida, me indicou um local especializado em extension de pestañas.

Eu amo, amo e amo! Você dorme linda e acorda sambando na cara dazamigas. Uhuuuu! Super mega ultra indico, mais ainda pela praticidade. Algumas amigas me falaram que fizeram no Brasil e não podiam lavar os olhos. Como assim?!? Eu lavo os olhos – claro! – uso delineador, sombra e lápis. Só não pode usar rímel. Também não sinto necessidade.

Amiga-mae-expatriada, procure um bom profissional na sua cidade. Eu indico essas, nos países que morei:

Londres

As minhas amigas americana, nigeriana e brasileiras fazem com a Jin. Você dorme na maca. Uma delicia!

Fone: +44 7877 72 37 82

Madrid

Eu fazia em Alcobendas, na Lashes and Go. Amava o resultado. No próprio local, elas vendem um mousse para lavar os olhos também. É uma rede, super profissional, em seis cidades na Espanha.

Fone: +34 910 40 92 59

Mais informações, aqui.

Holanda

Beauty by Linda Lie

A Linda é asiática/holandesa, além de linda e querida. Fico deitada na maca uma hora conversando, praticamente uma sessao de terapia. Mega ultra power indico!

Fone: +31 06 13 15 52 96

Mais informações, aqui.

Extensao de cílios com a Beauty Linda Lie, na Holanda. Zero rímel nos meus lindos olhos azuis 😉

Vamos dhyvar de cílios de Emília por aí!