Rotina – não seja refém da sua própria casa

Querida amiga-mãe-expatriada,

nossa vida é puro glamour, certo? Isso é o que todos pensam. Mudou para a Europa e ficou rhycah! A melhor de todas: “Você ganha em euros – 4 vezes mais do que o real”. Sim, migs, mas nós gastamos em euros, também. Quando eu ganhava em pounds, na Inglaterra, uma vez chegou a sete vezes o valor do real. Nesse dia, virei a Rainha da Inglaterra e esqueceram de me avisar. Rhycah feelings!

Confesso, que eu também tinha outra visão. Achava que seria mais fácil, menos perrengue. Migs, é zero glamour! Se você pensa em um dia morar fora do país, saiba que não existe mordomia e ninguém vai fazer nada para você. Você acha que chega o final de semana e eu deito no sofá? Rá! Quem dera ter essa vida.

Faz cinco anos que saí do Brasil e demorei uns bons anos para entender que é necessário ter uma rotina. Para facilitar, na verdade, ser “menos pior”.

Lavar as roupas

✔ Nunca, jamais lave as roupas todos os dias. Oh céus! Isso não é vida. Além disso, sabe qual é o valor da energia? Caríssimo. Pega esse dinheiro e vá  dhyvar em outro país!

✔ Lave as roupas duas vezes por semana. Sim, o cesto vai transbordar, mas e daí? Deixa ele lá te olhando e saia desse campo de visão. Compre um cesto maior. O meu é enorme! Eu lavo as roupas aos domingos e quartas.

✔ Varal – usamos mais de “cabaninha” do que varal. Aqui é muito úmido, a roupa não seca no varal do lado de fora. Dentro de casa, seca mais rápido. Eu enfio tudo na máquina de secar. Se vai encolher? Só enfiando para saber. Se encolheu, aquela blusinha mara de péssima qualidade não era para você. Migs, isso é destino.

✔ Dobrar e guardar a roupa. Eita, serviço que é um saco fazer! Mas se você não fizer, ninguém vai fazer por você. Já deixo uma caixa do AH (supermercado local) em cima da máquina de secar. Vou tirando e dobrando. Depois carrego a caixa para os quartos e facilita a vida.

✔ Sabão Neutro. A Vic tem eczema, então usamos sabão neutro. Não separo as roupas por cor, porque em casa é tudo colorido (minha cara!) e eu também tenho mais o que fazer. Um sabão para roupa branca, outro para colorida, amaciante … estou fora! Prefiro passear.

Sabão neutro na Holanda.

Mercado

✔ Tarefa do marido. Oi?! Migs sua loka! Cada um tem a sua tarefa em casa. Ele adora ir ao mercado, também tem TOC e passa em todas os corredores, gente, todos! Portanto, não piso no mercado.

✔ Compra online. Em Londres, eu comprava no Ocado – melhor mercado online! Entregavam toda sexta. Na Holanda, não compro porque o aplicativo é em dutch. Analfabeta feelings!

✔ Mercados. No Chile, eu comprava no Jumbo. Em Londres, no Ocado e Waitrose só quando estava rhycah. Em Madrid, comprava no Carrefour. Na Holanda, compro no Albert Heijn e Jumbo.

✔ Não vá ao mercado com fome. Você vai comprar mais do que necessário! Faça uma lista.

✔ Despensa. Faz muitos anos que não vejo uma. Nem sei mais o que é isso. Aqui, falta espaço. As frutas vencem em 2 dias. As carnes e legumes em quatro dias. As pessoas compram apenas o essencial. Não existe compra do mês. Afinal, país pós-guerra tem outra mentalidade. Depois de cinco anos fora, fico admirada quando vou ao Brasil e vejo aquela fartura na mesa e despensa.

✔ Sacola. Vá com sua sacolinha reciclável para o mercado. Não sei como está no Brasil agora. A sacolinha já foi e voltou 122mil vezes.

Geladeira – esse assunto vai render!

✔ Geladeira americana. Thiago fez MBA em Michigan, em 2010 compramos toda a casa lá para trazer no container. Minha mãe nos deu uma geladeira maravilhosa: americana, gigante, de família enorme e rhycah! Usamos quando moramos no Brasil. Levamos para o Chile, claro que não cabia no apto. Compramos uma menor. O que fizemos? Doamos para a igreja católica.  A igreja tinha um galpão, onde dormiam as “puertas adentro” que moravam com a família de segunda a sábado. Elas eram de outros países e não tinham onde dormir. Era um galpão enorme com as camas. Me partia o coração, e parte até hoje ver essa “escravidão”.

✔ Geladeira na Europa – super estreita e dentro do armário. A geladeira é em cima e o freezer embaixo. Quando cheguei em Londres e vi aquela geladeira mini, fiquei chocada! Em Madrid, o apartamento já tinha geladeira. Doei geladeira, TV, comida e outras coisas de casa para a igreja evangélica. Eles ajudavam muitas e muitas famílias de imigrantes. Por sinal, quem quiser ajudá-los, clique aqui! Migs de Madrid, liga para a Juliana Berriel Freitas + 34 672 181 113. A Ju é uma querida! Se você chegou agora em Madrid e precisa de ajuda, ligue para ela também 😉

Na Holanda, nós vivemos com essa geladeira mini. Tia Nara e Tio Erico, queridos, nos deram uma geladeira vintage da Brastemp e meu marido usa só para cerveja. Migs, é libertador seguir o baile da vida sem fartura!

Nosso freezer na Holanda.

Cozinhar

✔ Você pode cozinhar todos os dias, mas vai ficar refém da casa. Eu quero mais é viver! Só cozinho duas a três vezes na semana. A comida não é fresca todos os dias, mas te garanto que minha cuca é fresca.

✔ Há meses que eu não pico alho, cebola e legumes. Na Holanda, vende tudo picadinho. Uma mão na roda! Já pensou comprar uma cenoura? Tem que lavar, ralar, cortar e cozinhar. Tchau cenoura, coelho pode comer.

Limpar a casa

✔ Duas vezes na semana

A Thais, querida, faz seis horas na semana de cleaner para mim. Em um dia, de três horas, ela limpa a casa toda, aspira, passa pano e tira pó. No dia seguinte, em três horas, ela troca todos lençóis e toalhas. Lava as roupas e passa as camisas de Thiago. Eu limpo a casa os outros dias da semana.

Minhas filhas comem na mesa, mas a Vic derruba demais comida no chão. Eu acabo usando muito o aspirador de pó de mão. Foi uma dica da Paulinha (BFF de Londres), muito prática.

No Brasil, é um produto para isso e outro para aquilo. A conta sai caríssima. Aqui na Europa, não precisa de tudo isso.

Viakal é vida aqui, na Europa. Como a água tem muito calcário, ele limpa toda aquela parte branca manchada.

Limpar o quintal

✔Duas vezes no ano.

Em Londres e Amsterdam moramos em casa. O landlord (dono) da casa de Londres limpava meu quintal duas vezes no ano. Deixa eu contar: dono aqui … limpa e cuida. Não espera que o outro faça, afinal ele é o dono.

Aqui, na Holanda, o marido da Thais limpou super bem.

Lavar a louça

✔ Máquina de lavar, como eu te amo! Enfio tudo nela (Celina, isso mesmo!).

✔ Lavar a mão: somente mamadeira.

Passar roupa

✔ Uma vez na semana. Só as camisas de Thiago e alguns vestidos das meninas. Não passamos nada de roupas das meninas,  minhas, lençóis e toalhas.

 

Querida amiga-mãe-expatriada, torne sua vida o mais prática possível. É tudo uma questão de rotina. Assim vai sobrar tempo para passear cazamigas e viajar em família. Oba!

Sobre ser mãe fora do Brasil. 

Fomos embora do Brasil, quando a Valentina tinha 9 meses  de idade. Atualmente, minhas filhas tem 5 e 2 anos de idade. Portanto, minha maior vivência da maternidade foi fora do Brasil.

Realmente, não sei mais como é a maternidade no Brasil. Sempre pergunto para algumas amigas brasileiras, para não ficar alienada e acompanho nos 122mil grupos do whatsapp que participo.

Confesso que muitas coisas me surpreendem sobre a maternidade no Brasil, assim também como por aqui. Já me disseram que depois que você mora em diversos países, sempre vai faltar algo aqui ou vai gostar mais de algo de lá. É bem por aí! Migs, me sinto a metade da laranja da música do Fábio Júnior.

Querida amiga-mãe-expatriada, quero mostrar algumas diferenças que percebi ao longo desses cinco anos. Veja bem, não estou falando que é certo aqui e errado acolá. Vice-versa.

As crianças precisam muito menos do que você imagina

Eu acho que as minhas filhas tem muitos brinquedos perto das crianças européias, mas pouquíssimos brinquedos perto das crianças brasileiras. Quarto de brinquedo? Não existe para o europeu. No Brasil, além dos 122mil brinquedos, ainda tem a brinquedoteca do prédio de coxinha paulista – sou de SP e já morei em um prédio assim. Rhycah feelings!

Presente aqui, na Europa,  só no aniversário e Natal. Não existe nem Dia da Criança!

Cada visita, um presente. Oi? Isso mesmo. Valentina e Vic amam ir ao Brasil por diversos motivos, mas principalmente porque sabem que vão ganhar muitos e muitos presentes. Certa vez, uma amiga chamada Lelê, que mora na Noruega, foi nos visitar. Ela já está bem européia, e não levou nada, óbvio. Por quê teria que levar um presente? Aí minha filha, com 3 anos, na época, perguntou onde estava o presente dela. Avestruz fellings!

Além de me marcarem nos memes, também me marcam em reportagens. Li dois textos sobre a tal boneca LOL. Sério mesmo, 100 reais  uma bonequinha mini? Aqui custa de 6 a 9 euros. Se as minhas filhas tem? Não, nenhuma. Eu não vou alimentar isso. Tinha uma mãe super orgulhosa da filha ter uma coleção de 4mil reais. Eu me sinto muito orgulhosa das minhas filhas conviverem com diversas culturas. Cada um dá o que pode!

Mãe e pai mão na massa na criação dos filhos

Isso é muito diferente mesmo! Migs, eu sei que você mora no Brasil e “acha” que mete a mão na massa, mas o conceito é bem diferente por aqui. Também não vou entrar na discussão de terceirizar o filho, porque não gosto dessa definição.

Aqui, a criação é bem dividida. Os pais trabalham ou só o pai trabalha. Não importa, eles revezam em tudo. Um leva na escola e o outro busca. Um dia o pai faz o jantar, banho e cama. No outro dia é a mãe.  No final de semana, tem muitos pais nas aulinhas de natação com os filhos – meu marido faz isso desde Londres, e agora na Holanda. Os papéis são bem definidos. Afinal, a responsabilidade é dos dois.

Tenho uma amiga, a Rê, fofa e querida! Já morou em diversos países, e hoje está nos EUA. Ela tem duas filhas e um cachorro. Sem ajuda e sem família também. Ela e o marido compartilham todas as responsabilidades. Migs, compartilhar não é pagar a babá/mensalista para fazer … é colocar a mão na massa mesmo.

Para mim, o mais engraçado é quando alguém reclama que vai pegar um voo de 3h com os filhos. Pior ainda! Um voo longo com os filhos, mas com o marido. Migs, eu não sei quantas vezes eu viajei sozinha com elas (incontáveis!), mas sei que só duas vezes, em cinco anos, fiz voo acompanhada do marido. Tenho outra amiga, a Dea amada, que mora na Austrália. Ela pega voo de lá até Salvador, Bahia sozinha com dois filhos. Então, que sorte a sua, migs!

Aqui, quero fazer um agradecimento especial ao meu marido, Thiago. Há cinco anos que saímos do Brasil, e cada dia ele me surpreende. Sabe por quê? Eu não preciso pedir. Ele faz e faz mais ainda! Ele deixa as meninas na escola há anos. Não é só deixar. Ele arruma as lancheiras – elas levam snack e almoço algumas vezes. Passa spray (porque só tem cabelo cacheado por aqui!) e faz penteado com laços. Escolhe a roupa. Faz a lição de casa com a Valentina, quando está em casa. Aos domingos, leva as duas para a natação. Leva em parquinho. Faz o mercado, então ele quem sabe as frutas e comidas que elas gostam (eu não piso no mercado, pois é!). Óbvio que ele viaja bastante, e muitas vezes passa a semana fora. Eu viajo cazamigas no final de semana (duas vezes por ano!) desde que a Vic tinha 6 meses e a Valentina 3 anos, e ele não chama a babá. Eu não preciso deixar roupa separada, recadinhos sobre que dar de comida ou o que fazer. Faz tudo sozinho. Elas amam e eu mais ainda! Migs, é óbvio que ele faz do jeito dele … já deixou as meninas dentro da escola, mas esqueceu o carrinho no meio da calçada o dia todo. Já trocou a fralda, e guardou a suja cheia de cocô na gaveta. E eu? Já fiz várias dessas também, até piores. Enfim, posso passar o dia escrevendo aqui … mas só queria falar: Paixão, obrigada por tudo e por tanto!

Dói muito ver seu filho crescendo longe da sua família

Eu sou uma manteiga derretida. Choro demais com tudo. E mais ainda, nesse quesito. Sou filha única. Dói, bem lá no fundo, crescer minhas filhas longe da família. É uma alegria o reecontro e uma tristeza sem fim a despedida. Cantar parabéns pelo skype, mandar áudios no whatsapp, fazer vídeo de tudo … já faz parte do nosso cotidiano. É legal? Não é.

Valentina já está com cinco anos, e desde janeiro chora de vez em quando, do nada, e fala: “Quero a Vovó Rosa aqui para ler um livro”. Migs, é de partir meu coração. Eu leio, e depois vou alí chorar um pouco também …

Mãe polvo

Não vou falar que é fácil, mas a gente se adapta e aprende muito a se virar. Algumas pessoas no Brasil falam da minha vida, como se elas fossem morrer se tivessem que fazer tudo que eu faço sozinha. Isso é o que eu mais escuto: “Como você consegue?” Você não sabe o quanto você é forte até precisar ser forte. Eu não tenho outra opção. Nunca tive uma babá, somente por poucas hora – como já falei nesse post aqui – , nesse quesito o ignorante é feliz!

Tiveram muitos dias e noites, principalmente depois que a Vic nasceu, que eu achava que não ía dar conta e chorava de exaustão. Hoje, depois de muitos perrengues, sei mais do que nunca que sou capaz de segurar a minha onda e das crianças. Sozinha, em qualquer país.

O fato é que não estou sozinha nessa, mas minha vida é a mesma de qualquer expatriada que não tem ajuda ou família perto. E vale lembrar que sou brasileira, e no meu país tem milhares e milhares de mães sem marido, sem ajuda, sem família e pior … sem dinheiro! Portanto, sou muito privilegiada.

Super proteção

Um simples exemplo é no parquinho. Migs, eu já fiz isso! Valentina ía no escorregador, e eu dava a mão para ela descer. Subia a escada do brinquedo no parquinho, e eu ía atrás segurando. Muitas vezes, nem deixava subir, já a colocava lá em cima. Podem prestar atenção! No Brasil, a maioria das mães fica literalmente “em cima” da criança – a própria definição de mãe helicóptero. Quando não é a mãe que faz tudo pela criança, tem a avó, mensalista ou babá. A criança nem respira e já chega uma ajudinha, sem precisar.

Aqui, na Holanda, os parquinhos ao ar livre tem muitos bancos. As mães sentam e conversam, fazem novas amizades ou leem livros. As crianças brincam livres e nunca vi nenhuma caindo. Se cair, levanta. Chile, Londres e Madrid também são assim.

Por falar em parquinhos, as crianças brincam muito ao ar livre. Nada de passear em shopping.

Vale a pena ler o livro:” The happiest kids in the world!” Outro muito bom é: “Crianças francesas não fazem manha.” Os dois são uma bela aula sobre criação de filhos mais independentes – holandeses e franceses.

Rotina

Minha família no Brasil está bem acostumada com a rotina das meninas e super aceita isso … ufa!

No Brasil e no Chile, as crianças dormem mais tarde. Quando cheguei em Londres, a Valentina dormia às 20h30. Me senti a “menas maim” logo na primeira semana ao descobrir que as crianças dormiam às 19h. Em Madrid, as crianças dormem bem mais tarde, principalmente no verão, quando o sol vai até às 22h.

A rotina é muito importante para o bem-estar da criança e família. Me dê apenas uma razão … por quê eu devo manter minhas filhas acordadas depois das 19h30? As minhas filhas dormem às 19h30 em qualquer país do mundo que nós estivermos. Faz bem para elas e para nós, pais. Depois que elas dormem, ainda temos que fazer comida, colocar a roupa para lavar, arrumar a casa, jantar, tomar banho, Netflix ou ler livro.

Morar em um país seguro é libertador

Quando vou ao Brasil, fico freak-desesperada-biruta que alguém vai roubar minhas filhas ou que pode ter um assalto a qualquer momento, e sei lá qual será a reação delas. Na praia. Na rua. No aeroporto. Em qualquer lugar, eu não desgrudo.

Migs, é muito, mas muito libertador morar em um país seguro. Realmente, não tem dinheiro no mundo que pague eu levar minhas filhas a pé para a escola – mesmo embaixo de chuva ou neve – e não em carro blindado parada por horas mo trânsito.

Aqui, na Holanda, as crianças são bem independentes e com oito anos vão de bicicletas sozinhas para a escola. É incrível mesmo!

Escola pública/ Escola Internacional

A Valentina fez metade do Reception em uma escola pública, em Londres e a outra metade em uma escola britânica, em Madrid. É maravilhoso e prazeroso criar filhas fora da bolha, convivendo com diferentes culturas e religiões. Aqui, elas não estão na escola pública, porque é em dutch. Não faz o menor sentido a cada vez que mudarmos, elas irem para uma escola local. Decidimos por mantê-las no ensino em inglês, seja lá qual for o país. Aqui, na Holanda, elas estudam em uma escola internacional e estão amando, nós (pais) também. Só no kindergarten são 20 nacionalidades. Na nursery, classe da Vic, são 20 crianças de 18 nacionalidades.

Isto é a nova nomenclatura do momento – TCK: Third Culture Kids. Joga no gooogle, migs! São as crianças que crescem em uma diferente cultura dos pais.

Faltar na escola

Depois que a criança completa 4 anos, ela é obrigada a ir a escola. Pelo menos, em Londres e na Holanda. Migs, você super rhycah vai levar seu filho a Disney pela 12vez … e viaja sem ser no período de férias. Nossa, isso aqui é impossível! Lugar de criança é na escola. Em Londres, isso é muito rígido, muito sério mesmo! A polícia bate na sua porta se você simplesmente não levar seu filho na escola, seja lá qual for o motivo. Se faltar devido a doença, tem que ter um atestado do GP (médico do bairro).

Remédios

Aqui, na Europa, não se pode comprar remédio. Isso mesmo, só com receita. Muitos poucos sem receita. Antibiótico? Só se estiver morrendo, juro! No Brasil, qualquer gripe já dão um combo de remédio. Imagina se fosse algo grave?

Eletrônicos

Esse tópico é conversa para horas e horas. Vamos começar do começo: ipad não é brinquedo. Celular para criança, muito menos. Já vi criança de oito anos que sabe o modelo do meu celular. Oi?Em casa, não tem horário estipulado para o ipad, realmente porque elas não tem muito interesse. Ele mais me salva nos longos voos, de 12h, sozinha com as duas!

Viva as diferenças!

Sao inúmeras diferenças entre cada país:

  • O bebê de seis meses toma água no copinho, de transição.
  • Leite de vaca a partir de 12 meses e no copo.
  • Larga a mamadeira por volta de 12 meses.
  • Coloca a roupa sozinho com 2 anos.
  • Come sozinho antes dos 12 meses.
  • Come a comida da casa com 10 meses.
  • Sai do berço para a caminha com 12 meses.
  • O espanhol já come o delicioso jamón antes dos 12 meses.
  • Na Holanda, nao tem almoço nas escolas. As maes mandam sanduíches na marmita.
  • Nas festinhas em Londres, o ápice da comida gostosa é quando chega o pepino e a cenoura. Ai que deprê!
  • Na Holanda, as crianças comem muito pimentão – de todas as cores – cru!
  • O desfralde é mais tarde do que no Brasil, somente com quase três anos, no verão.
  • No Brasil nao come ovo antes de 12 meses, aqui come assim que começa a introdução alimentar.
  • As crianças em Londres não tomam suco. Não tem suco nas escolas e nem nas casas. Só água.
  • Em Londres, na escola das meninas, tinha muita, mas muita uva passa. Parecia Natal, quando enfiam uva passa em tudo!
  • Alfabetização: 4 anos de idade em Londres.
  • Pediatra: em Londres e Amsterdam é especialista. Parece óbvio, mas não é? Você só pode ir, se o seu GP (médico do bairro) der uma carta de autorização. Em Madrid e Santiago, se quiser ir ao pediatra é só pagar; médico privado. Em Amsterdam, nem pagando, migs.
  • Falar: as crianças acabam falando mais tarde, porque convivem diariamente com dois a três idiomas.

Querida amiga-mãe-expatriada, tem mais uma infinidade de diferenças. E o que seria do mundo se não fossem as diferenças, não é?

💙🧡💛💚🖤

Os melhores cabeleireiros brasileiros da Europa!

Querida amiga-mãe-expatriada,

Quando o marido fala: “Precisamos conversar”. Eu já sento …  lá vem mudança! A primeira coisa em mente é a escola das meninas. A segunda é cabeleireiro, claro!

Cabelo, cabelerera, cabeluda e descabelada.

Sempre procurei um cabeleireiro brasileiro em cada país, porque é difícil explicar: não quero loira do Tchan, gosto de loira Hebe, quero o cabelo da Mariana Ximenez, quero um cabelo “que tiro foi esse” e por aí vai…

Se você está a passeio pela cidade, também vale a pena dar um pulo lá, e voltar dhyvah para o Brasil! Eu super mega ultra indico esses dois profissionais. Eles são amigos também – mundo pequeno!

Londres

Bernardo Hair&Co

O Be é um querido, conversamos e rimos por horas e mais horas. Adoro a mãe dele. Ele é famoso em Londres, Dubai, NY e vai ficar ainda mais rhycoh porque é  visionário, competente e humilde. Ele faz loira como nenhum cabelereiro no mundo e morena iluminada.

Fone: +44 7808 23 4565

Podem babar no insta dele, sigam aqui!

Amsterdam

Gleiton Pedro Studio

O Gleiton é um querido, e todo mundo que trabalha no salão também. A esposa dele é uma fofa. Ele é muito, mas muito bom em coloração. Ele vai fazer te deixar com cara de rhycah!

A água da Holanda acaba o cabelo. Tem muito calcário. Resultado: escureci o cabelo com ele e amei o resultado!

Fone: +31 629 466 125

Cada cabelo lindo no insta. Sigam aqui! 

Amiga-mãe-expatriada, mais uma dica mega power para dhyvar no zero glamour da vida expatriada!

Parto no Brasil X Parto na Inglaterra 

Querida amiga-mãe-expatriada,

eu poderia só escrever … parto cesárea x parto normal? Fim.

Parto no Brasil

Casamos em Trancoso, Bahia, no dia 13 de novembro de 2011. Fomos para a região de Champagne, na França, para a lua de mel e … voltei grávida! Parei de tomar a pílula uma semana antes de casar, porque cai no conto … “você toma há anos pílula”, “vai demorar um ano para engravidar”(essa é ótima!) e por aí vai. Bom, nem acreditávamos! Foi realmente emocionante engravidar tão rápido e em um momento super especial das nossas vidas.

Meu médico particular no Brasil, em São Paulo, é o Dr. Paulo Colabone – super mega ultra indico! – segue o fone dele: +55 11 3845.0402. É o pai de três super amigas, e eu cresci na casa delas, e elas na minha. No ultra de 10 semanas, ele já nos disse que seria menina. Uau! Ele é fodástico mesmo. Também tive um descolamento de placenta com 4meses, devido ao salto alto (larga o salto, migs) e se não fosse ele, sei lá como teria sido minha gravidez.

Fiz o pré-Natal todo com ele. Fazia os ultras no próprio consultório e os exames no Fleury. Foram incontáveis ultras e exames. Sério, migs! Para quem nunca viveu a maternidade em outro país, não faz ideia da quantidade de exames que são feitos no Brasil.

No final da gravidez, tivemos aquela conversa sobre o parto. Primeiro: eu MORRO de medo de hospital e cirurgia – já tinha tirado a vesícula por causa de um tumorzinho básico. Segundo: eu estava dentro da “bolha”- sim, classe média no Brasil vive na bolha! Terceiro: zero conhecimento de parto normal. Naquela época, de todas as minhas amigas, só duas tiveram parto normal, a Shi do blog Macetes de Mãe e a Teca. Quarto: a Valentina era um bebê grande, de tamanho e peso. Quinto: meu médico não me induziu, eu fiz cesárea porque eu quis!

Trabalhei a gravidez toda. Parei de trabalhar no dia 03 de agosto e fui na cartomante. Isso mesmo, migs! Depois, nunca mais voltei porque a cartomante disse que via muita mudança na minha vida. Isso é óbvio!

Engordei 12kg na gravidez toda. Não fiz dieta e comi de tudo. Ía e voltava a pé para o trabalho, esse era meu exercício.

Agendei a cesárea dia 04 de agosto às 12h, no Einstein, claro! Eu me achava rhycah no Brasil – ou melhor, fazia parte da “bolha” e tinha que ser nesse hospital luxo. Na noite anterior, tive contrações, cheguei ao hospital com contrações leves e dilatação de 1cm … fomos para a cesárea. Estava maquiada e com escova no cabelo, levei 122mil lembrancinhas, convidei 198mil pessoas para assistir o show. Sim, isso é um show! No Einstein, tem uma janela de vidro dentro da sala de parto, onde o Thiago levou a Valentina para os amigos/familiares verem, assim que ela nasceu. O mesmo fotógrafo do nosso casamento registrou esse momento lindo. Foi inesquecível estar rodeada dos nossos familiares e amigos mais especias, acima de tudo com todo suporte de um médico e hospital renomados.

Foi maravilhoso! Chorei muito. Meu marido mais ainda. Valentina  nasceu com 3,8kg e 51cm no dia, que eu completei 39 semanas, 04/08/2012. ❤

Avós babando na primeira neta.

Eu e ele. Sempre, minha melhor companhia para tudo.

Amor, muito amor.

Fiquei cinco dias dhyvando no Einstein. Recebemos 41 visitas, juro! Flores. Champagne. Quadro na porta. Presentes. Pijama caro. Tinha serviço de escova, maquiagem e até massagem. Não fiz nada disso, se eu pudesse ía para lá agora. Teletransporte já!

O parto foi com médico e equipe particular. Nosso plano, na época, cobriu 1/3 do custo total. Adiciona também nesse custo, uma viagem para Miami SÓ para fazer enxoval – rhycah feelings.

Eu tinha mãe, sogro, sogra e cunhada em São Paulo. Minha Tia Jane, veio de Recife, para me ajudar durante um mês. Tia Nara e Tia Vilma também vieram do RJ. Tinha mensalista. Tinha marido trabalhando no Itaim e morava rhycah nos Jardins. Tinha saúde. Tinha zero dor da cesárea, minha recuperação foi ótima! Tinha uma Princesa Valentina, quietinha e boazinha que me dava zero trabalho.

Parto na Inglaterra

Eu queria ter outra menina, muito! Não queria muita diferença de idade. Moravamos em Londres, nessa época. Engravidei da Vic em novembro de 2014. O due date era o mesmo da Valentina. Muita coincidência!

Choque de realidade.

Hospital público. Fiz o Pré-Natal no Queen Charlotte Hospital, em West London. Migs, é um hospital público – óbvio – com um atendimento excelente. Você não tem um médico só para você. Tem enfermeira, midwife e o plantonista do momento. Fiz três ultras a gravidez toda, juro! A midwife media o crescimento com fita métrica. E só fiz a última ultra com 38 semanas, porque a Vic era enorme. Exames? Só urina e sangue, uns três no total.

Trabalhei até oito meses de gravidez. Minha vida era muito diferente da primeira gravidez. Pegava dois ônibus e seis metros por dia, cuidava da Valentina e fazia todos os serviços domésticos. Lipa ía 3h na semana para me ajudar. Meu marido viajava muito a trabalho. Não fiz nenhum curso de gestante. Não fiz fisioterapia para parto normal. Nenhum tipo de preparação. Nadica!

Engordei 10kg a gravidez toda. Não fiz dieta, quem me conhece, sabe que eu amo comer. Um dos maiores prazeres da minha vida é comer pelo mundo afora.

Grávida de quase seis meses, fui fazer a ultra para descobrir o sexo do bebê. Fomos eu e Thiago. Eu não acredito ate hoje como eu consegui esperar tanto tempo – sou super ansiosa. Quando a médica falou “It is a girl”! Meu Deus, eu gritava e chorava de alegria. Queria muito, muito e muito outra menina. Migs, para esclarecer, se eu pudesse ter mais outro filho, iria querer menina, ok? Não adianta fazer piadinha que falta um flamenguista. Obrigada. De nada.

Em todo o meu pré-Natal, nas consultas, sempre me orientaram sobre VBAC – vaginal birth after c-section (parto vaginal depois da cesárea). Tinha até curso para fazer. E, sim, sempre me induziram (veja bem, não me forçaram) parto normal devido a minha boa saúde. Lá pela semana 38, comecei a ir todos os dias. Até que a midwife me disse que devido ao tamanho da Vic, não passaria da semana 40, depois de já ter feito uma cesárea.

Marcaram para induzir dia 04 de agosto. Migs, no mesmo dia do aniversário da Valentina. Eu não queria! Porque hoje as duas moram juntas, mas e no futuro? Uma na China e outra na Índia? Aí teria que fazer a “escolha de Sophia”? Estou fora! Pedi para mudar. Ele, educadamente, me disse: “Querida, isso é um hospital púplico, em Londres, você não pode escolher a data”. Falei que tinha um sobrinho, no Brasil, do mesmo dia também. Ele saiu e voltou com o dia 11 de agosto. Ufa! Ufa nada … porque fiz dois membrane sweep – nunca ouvi falar disso no Brasil – mas a médica enfia dois dedos (mas parece que ela enfiou o corpo todo dela) para acelerar o trabalho de parto. Einstein, cadê você? Fui até a Lua e voltei de dor.

Minha mãe chegou, do Brasil, então relaxei. Agora, a Vic podia nascer. No último final de semana grávida, fizemos a festa de aniversário da Valentina (3anos), festival de verão, dia dos pais e comi wasabe no cursinho de sushi do Jamie Oliver até não poder mais, além de limpar muito a casa.

Na segunda-feira, de madrugada, acordei. Ía no banheiro e nada. Achei que era uma dor de barriga devido ao excesso de wasabe. Meu marido acordou às 6h30, ligou no hospital e pediram para eu ir. Acordamos minha mãe para ficar com a Valentina. Migs, desci as escadas e tive minha primeira contração. Eu queria mesmo era beliscar a parede! Falando nisso, uma vez a midwife me disse – “Querida, se você consegue falar durante uma contração, então fique em casa no trabalho parto. Se você não consegue falar, o bebê vai nascer e venha para o hospital”. Morávamos mais ou menos perto, eu xingava meu marido demais – afinal, ele quem me engravidou”. Te amo, paixao!

Saí de camisola e corremos muito. Chegando lá, adivinha? A enfermeira disse que ía acordar a midwife. Migs, sério! Essa é a realidade. Alô, planeta Terra chamando. Ela acordou, me examinou e fomos para o quarto. Eu tinha 2cm de dilatação às 7h30. Pensei que ía para um centro cirurgico, claro, mas era um quarto mesmo.

Fui ao banheiro – ainda achava que era uma diarreia. Pedi para Thiago forrar o assento com papel higiênico. Migs, ele pegava cada papel higiênico e cortava naquela linha pontilhada e forrava a privada. Eu quase morrendo de dor. Forrou o assento todo, e eu achando que ia morrer de dor. Quando finalmente sentei, a enfermeira gritou: “Saia daí já, porque se o seu bebê cair na água da privada pode pegar infecção!”

Mediram os batimentos da Vic. Pedi anestesia e nada … mas ganhei um gás – que eu queria isso agora! Iria cheirar quando minhas filhas me deixassem louca – que dava uma super aliviada. Lança perfume feelings! A anestesia também é diferente do Brasil. É aplicada da mesma forma, mas a midwife da um controle. Você aperta o botão desse controle, para descer mais anestesia, de acordo com sua dor. Apertei só uma vez.

Nesse meio tempo, Thiago foi estacionar o carro e pegar a mala, porque tinha largado na entrada do hospital. Mais uma coisa, não existe manobrista, claro!

A midwife, quer dizer obstetrícia no Brasil. Não é médico que faz seu parto, é a midwife. Não deu tempo de perguntar o nome dela, juro! Enfim, ela me examinou às 10h e disse: “Você está com 10cm de dilatação. É agora”. Podem passar anos, e eu nunca vou esquecer desse – It is time!

Bom, era eu, ela e meu marido na sala. Sem nenhum instrumento. Na hora da contração, ela falava push. Fiz tanto push, push e push … aprendi que tenho limite, mas posso ultrapassá-lo. Suei muito. Zero glamour. Muito mulher. Muito mãe leoa. Muito amor. Muita cumplicidade, somente eu e meu marido. Foram cinco horas de trabalho de parto.

Durante o push, o batimento da Vic caiu. A midwife apertou um botão e entrou a equipe médica.

Vic nasceu, de um parto normal mais lindo do mundo, às 11h30 do dia 10 de agosto de 2015, em Londres. Pesava 4kg e 54cm. Sim, bem gordinha de muita saúde e muito amor ❤

Não tenho fotos. Não tenho filme. Não estava maquiada e produzida. Não tenho registros do dia mais emocionante da minha vida e do meu marido, somente uma selfie. Mas na nossa memória ficará para sempre, porque só eu e ele sabemos o que passamos ali, da nossa cumplicidade e do fruto do nosso amor, da forma mais natural possível de vir ao mundo.

Thiago, serei eternamente grata por todas suas palavras, presença e todo amor do mundo. Te amo, paixao!

Amor, muito amor.

Vic nasceu. Não limparam. Não aspiraram. Não dão banho. Nada.

A midwife me disse: “Natália, vamos levantar, tomar banho e ir para casa”. Oi?!? Princesa Kate feelings. Estou longe de ser princesa e sair de salto e vestido do hospital. Óbvio, que fiquei por lá mesmo. Em um quarto compartilhado, com quatro famílias, e um banheiro. Sem lembrancinha. Sem enfeite na porta. Sem flores. Sem mimimi. Com amor, muito amor. Minha única e mais importante visita: minha mãe.

Voltei para casa, e apresentamos a Victoria para a Valentina. Que emoção! A partir dali, tudo fez sentido para mim. Que presente nos estávamos dando uma para a outra.

Valentina e Victoria, pela primeira vez.

Não vou fazer discurso feminista-parto humanizado-natureba feelings … porque cada um sabe o que é melhor para você. E eu não sou dessas, alias longe isso. Acho que o mundo evolui, e nos evoluímos com ele. Parto em casa, na banheira, de cócoras no rio, da época das cavernas … não faz meu estilo. O meu, migs! Como eu tive as duas experiências, minha recomendação é : Eu faria parto normal 122mil vezes, pela emoção, amor e forma natural de vir ao mundo no dia e momento que o bebe escolher.

Valentina e Vic, muito obrigada por ter nos dado essa oportunidade em nossas vidas. Te amamos!

 

Galochas, botas para a neve, botas para muito frio, botinha zebu, bota da xuxa, bota cano curto, bota sem salto … sua BFF na Europa!

Querida amiga-mãe-expatriada,

Se tem uma coisa que você vai usar muito na Europa são botas!

Quando eu era rhycah no Chile, andava muito de carro. Só usava metro e ônibus quando ía para o centro da cidade. Então, eu seguia com  os 122mil pares de sapatos. Para que? Eu realmente não sei. Em Madrid, também usei muito carro, mas mesmo assim as  calçadas do centro não são para esse modelito de sapatos brasileiros.

Quando mudei para Londres, aprendi muito a desapegar. Londres me ensinou tanto! A cidade é enorme. Tudo sempre está lotado. Não tem a menor possibilidade de andar de carro. Para entrar na região central, tem que pagar o congestion card – custa £11,50 por dia – e é muito, mas muito difícil conseguir estacionamento ou vaga na rua (só para moradores). A solução, por sinal a melhor, é ir a pé, ônibus ou metro.

Querida amiga-mãe-expatriada, se você vai morar na Europa, esqueça seus saltos da Schutz no Brasil! Não vão funcionar por aqui. São lindos, eu também amo e era minha marca predileta. Doe feliz.

No pouco verão que temos, aqui, da para usar mais rasteirinha e espadrille (amo!). Acho super feminina. Salto alto, só se for o modelo bloco, migs, estamos no “Velho Mundo”, não existe calçada novinha para desfilar seu último lançamento de salto alto, cor vibrante, amarração na perna e todos dedinhos para fora.

No inverno daqui, 10 meses do ano, usamos botas, mais botas e muitas botas. Também acho que não vale a pena trazer do Brasil. Os modelos de sapatos brasileiros não tem em nenhum lugar do mundo. Maravilhosos! Sempre, mas sempre alguém pergunta de onde é minha sandália ou sapato de salto no trabalho (eles ficam no meu gaveteiro) … mas deixa eu te contar: a qualidade das botas brasileiras não são para o dia a dia aqui.

Chove, neva ou faz muito frio. Nenhuma bota do Brasil aguenta esse tranco. Nem eu aguento esse tranco, migs! Tomo muita vitamina D. Não adianta falar que aguenta, porque não dura. Já perdi algumas por aí. As botas daqui são impermeáveis, super mega ultra confortáveis e aguentam o frio … mas não são bonitas como as brasileiras. Ok. Não se pode ter tudo nessa vida! Já dizia minha mãe …

Numeração

Eu calço 35 no Brasil, aqui, na Europa é 37. Normalmente, são dois números a mais, mas sei lá se o seu pé é gordinho, chato (Vivi, lembrei de vc!) ou de sapo.

Para a sobrevivência, você tem que ter:

✔galocha

✔bota de muito frio

✔bota para sair com o marido, azamigas ou trabalhar

✔bota para a neve

e uma bota não tem nada a ver com a outra!

Amiga-mãe-expatriada, anote as dicas e vamos as compras! Me chama também.  Adoro compritchas.

Bota de Chuva, Galochas, Wellies.

Hunter

Primeira compra essencial para sua sobrevivência, pelo menos em Londres e na Holanda. Chove muito, muito mesmo. Não adianta comprar modelo vagabundo.O importante é ter menos, mas com qualidade. Vai pagar caro? Vai. Caríssimo! Tenho as minhas galochas há quatro anos, e estão novinhas. Tenho certeza que vão durar por muitos e muitos anos.

Marca: Hunter (não adianta Melissa, tá? Só para as kids).

Modelo: Cano alto e ajustável na perna. Tem que ser a de cano alto, porque o cano mais baixo vai molhar sua calça.

A Hunter tem uma infinidade de cores, uma mais linda do que a outra. Comprei preta, mas confesso que queria outras. Se fosse antes, teria umas três, mas atualmente, para que?Comprei na Amazon, mas em Londres tem uma loja, na Regent Street. É melhor provar, antes de comprar, porque a minha é um número menor. Saiba mais aqui! 

Bota de frio, muito frio.

UGG

No primeiro mês de frio, em Londres, quando cheguei, já logo vi que minhas botas não iam durar. Não segura o frio. O pé congela. Eu indico a UGLY, ops UGG. Essa bota é horrorosa, minha gente! Parece pé de pata de monstro, mas funciona para o frio daqui e muito! A minha é o modelo Michelle, mais conhecido como “menos pior de feia”. Ela é super quente, muito macia e mega confortável. Tenho a cinza, mas tem caramelo, preta e outras cores. No outlet, Las Rozas Village é mais barata, em Madrid. Ahhh porque além de feia, é cara, viu? Combo completo.

Saiba mais aqui!

Bota para sair com o marido, azamigas ou trabalhar.

Tenho de algumas marcas. Para achar um modelo bonito, como no Brasil, você tem que pesquisar muito, mas com certeza todas serão muito confortáveis. Indico essas marcas:

Paul Neyman (Holanda)

A loja fica em frente ao Rijksmuseum e aquele nome grande – I Amsterdam (tire uma foto aqui!). Migs, sério! Todas as botas tem ótima qualidade. O couro é incrível. Também acho bem bonitas. Uso muito dois modelos para trabalhar e sair. Cara, viu? Saiba mais aqui! 

Kort (Holanda)

Essa loja também fica em frente ao Rijksmuseum. O vendedor é preguiçoso, ele vai querer vender a que está lá em cima e não no estoque. A Holanda não é muito boa de serviço mesmo. Enfim, tem várias botas confortáveis, com muita qualidade e não são bonitas. Tenho um modelo de botinha “boi zebu” mas super moderna. Saiba mais aqui!

Russel&Bromley (London)

Minha loja preferida das prediletas. As botas são todas lindas. Uma infinidade de modelos. Muita, mas muita qualidade. É cara! Coisa boa é cara. Explica para o marido. Tenho apenas uma, estilo bota da Xuxa. Existe promoção também, migs! Tem em várias localidades, mas eu babava mesmo na loja do Westfield. Saiba mais aqui! 

Clarks e Office

Para mim, as lojas são bem parecidas. Você não vai encontrar nenhum modelo modernoso, mas vai encontrar qualidade e preço justo. Não tenho nenhuma bota da Clarks, mas tenho duas da Office. Uma de cano longo e outra ankle boots com franjinha. Amo!

Saiba mais aqui, sobre a Clarks!

Saiba mais aqui, sobre a Office!

Asos

Essa loja é incrível. Adoro! As botas são bem confortáveis. Super recomendo. Saiba mais aqui!

Zara

Amiga-mãe-expatriada, da uma olhada com calma nos sapatos da Zara. São confortáveis, sim! A qualidade não é a mesma das outras lojas, mas se você quer uma bota fashionista, vai encontrar lá. Saiba mais aqui!

Bota para a neve

Sorel

Tem pessoas que usam a Hunter com meia de esquiar (prazer, eu!). Mas a Hunter não é para neve. A top da top é a Sorel. Ainda não tenho, mas esse frio que tem feito na Holanda, estou pensando seriamente em comprar. Saiba mais aqui!

Migs, nem pense em encomendar uma bota sem provar. Primeiro, porque é um SACO levar muamba para o Brasil (mais todos os presentes da família), pior ainda é quando a migs encomenda e não da o dinheiro antes.  Deixa eu te contar – na verdade, trazê-la para a realidade – não é porque sua amiga-mãe-expatriada veio morar na Europa que ela está rhycah, viu? Venha visitá-la e compre seu sapatinho, Cinderela.